20 de março de 2013

Escalados, Jadson e Ganso só atuaram juntos em quatro de 17 jogos


Motivo da ira da torcida com Ney Franco, armadores estiveram em campo simultaneamente em apenas 381 minutos de 1.530 possíveis


O técnico Ney Franco atendeu aos pedidos da torcida do São Paulo. Contra o São Bernardo, nesta quarta-feira, às 22h, no ABC, pelo Paulistão, Paulo Henrique Ganso e Jadson começarão como titulares novamente. A dupla, considerada ideal por torcedores e dirigentes antes da temporada, ainda não foi tão utilizada nas partidas do Campeonato Paulista e, principalmente, da Taça Libertadores.
Esta será apenas a quinta vez em 18 possíveis que os armadores iniciam uma partida, todas pelo estadual: Mirassol (2 a 0), Santos (1 a 3), São Caetano (4 a 2) e Linense (3 a 0). Apesar de os resultados terem sido quase todos positivos, os jogadores não tiveram muito tempo para se entrosar.
Considerados dois dos atletas mais talentosos do grupo, eles nunca terminaram um duelo que tenham começado juntos. Ganso foi substituído em todos eles. Jadson em apenas um. Dos 360 minutos possíveis como titulares, eles estiveram simultaneamente em campo em 269, o que equivale a 74,72% do total.

Sem apresentar o mesmo futebol de quando defendeu o Santos, Paulo Henrique acabou na reserva, sobretudo nos duelos da Taça Libertadores – não foi titular em nenhum. Jadson fez o contrário. Além de grandes jogos, marcou sete gols, apenas um abaixo de Luis Fabiano. Com isso, os meio-campistas tiveram menos tempo para se entrosar e convencer o treinador a abandonar o esquema 4-2-3-1.
No restante das partidas, eles só conseguiram atuar na mesma equipe com substituições ao longo do tempo. O máximo que isso aconteceu foram os 38 minutos no empate por 1 a 1 diante do Arsenal, no Pacaembu, pela terceira rodada da fase de grupos da Libertadores. Já no 0 a 0 contra a Ponte Preta, no Morumbi, ficaram apenas um minuto lado a lado.
A soma geral do tempo mostra que Jadson e Ganso não tiveram uma grande sequência. Dos 1.530 minutos disputados pelo São Paulo até o momento nas duas competições, eles só estiveram no gramado ao mesmo tempo em 381, o que corresponde a 24,9% do total.
Ney Franco usa alguns números para justificar a pressão que vem recebendo por não dar continuidade a Ganso. Substituído no início do segundo tempo do clássico contra o Palmeiras, o meio-campista se irritou, causando a primeira turbulência envolvendo treinador e jogadores.
- Ele vai para a nona partida como titular das 17 que fizemos. Fica a expectativa para que jogue bem, a mesma que tivemos contra Santos, Palmeiras, Penapolense...vai ser mais uma oportunidade. Ele é um dos que mais jogou na nossa equipe. Só ficou fora de duas partidas - disse o comandante.

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