1 de fevereiro de 2013

O reencontro de Paulo Henrique Ganso com a torcida do Santos


O Maestro é aquele que dá o tempo da música, o pulso (velocidade); os gestos determinam a "textura" da música: se as notas vão ser mais suaves ou mais duras; e a "amplitude" da regência determina o volume (forte ou piano), quando a música "cresce" e quando "diminui", em suma, a interpretação dinâmica.

Além disso, ele dá as entradas para os músicos (nem todas as músicas começam e terminam com todos os instrumentos tocando ao mesmo tempo) e "fecha" a música de modo a todos os músicos pararem de tocar ao mesmo tempo.

Estádio Urbano Caldeira, mais conhecido como Vila Belmiro, esse será o local do tão esperado reencontro de Paulo Henrique Ganso com a torcida santista. A mesma torcida que não o poupou de críticas, protestos e xingamentos de “mercenário”. O primeiro deles em um clássico contra o Palmeiras no Pacaembu, quando os torcedores cantaram para Ganso: “Não é mole não, ô Paulo Henrique mais respeito com o Peixão”. Depois, em partida contra o Bahia na Vila Belmiro, em que moedas foram atiradas no campo para o meia, naquele que acabou sendo o último ato do meia com a camisa do clube que o promoveu ao futebol; Encerrou –se ali um ciclo de 36 gols em 162 jogos. Cinco títulos: três do Paulista, um da Copa do Brasil e um da Libertadores.

Apesar de todo mistério sobre quem vai entrar em campo depois da classificação para a fase de grupos da Taça Libertadores da América, o técnico Ney Franco confirmou apenas uma escalação: Ganso será titular. Paulo Henrique Ganso, o nosso Maestro está a ponto de bala para assumir a batuta e tomar conta da orquestra tricolor na tarde de domingo, às 17;00hs no estádio onde tantos saudosos viram o rei Pelé desfilar toda a sua genialidade com a bola nos pés.

O amigo Neymar se antecipou aos torcedores e pediu para que, apesar da frustração de perder um jogador para o rival tricolor, todos poupem Ganso dos xingamentos, mais isso é muito difícil de não acontecer. Pela primeira vez, o maestro sentirá o coro daquela torcida que um dia gritou o seu nome, e vibrou com os seus gols decisivos, voltando-se contra ele. Ingredientes de sobra pra ser um grande clássico e histórico.

Novos ares, boas atuações nessa nova temporada que se inicia, um titulo e o primeiro gol assinalado no novo clube... Oportunidade de gerir sua carreira de um modo satisfatório e consequentemente, calar a toda critica santista... É exatamente isso que o torcedor do São Paulo espera dele, que desempenhe seu papel em grande estilo para conquistar de vez seu espaço em sua nova casa, o Morumbi; que ele jogue por essa Nação Soberana que sempre acreditou no seu futebol e aguardou com tanta paciência para saborear o seu primeiro Supla sumo máximo do futebol que é o gol, com a graça de Deus e a benção de São Paulo!

Esse artigo foi escrito por Roberta Oliveira

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