16 de dezembro de 2009

Parabéns São Paulo Futebol Clube - 74 anos!




Hoje trago uma matéria contando um pouco da história do São Paulo Futebol Clube que completa neste dia 16 de dezembro 74 anos.




Fundação: 16 de dezembro de 1935 São Paulo-SP
Estádio: Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi)
Capacidade: 80 mil pessoas
Presidente: Juvenal Juvêncio
Site oficial: www.saopaulofc.net

Entender como começou o São Paulo não é tarefa assim tão fácil. Não adianta querer resumir a história com ternura, como “fulano, sertano e alcatrano se juntaram, cada um escolheu sua cor preferida e assim nasceu o Tricolor”. Não.
Era começo do século XX, e nessa época as coisas eram enroladas. A trama essencial do enredo é a seguinte: em 1900, foi o fundado o Clube Atlético Paulistano (cujas cores eram branco e vermelho), time do mítico Friedenreich, equipe que ganhava tudo nas ligas amadoras das três primeiras décadas do século. Só que o clube não queria saber de profissionalizar seus jogadores e, então, decidiu acabar com o departamento de futebol. Outro clube, o Associação Atlética das Palmeiras (que era alvinegro), resolveu fazer o mesmo.  Em 1930, órfãos dos dois lados se juntaram para criar o São Paulo da Floresta – com o vermelho, o branco e o preto como suas cores.
O time que reunia dois dos maiores nomes da Proto-História do futebol brasileiro - Friedenreich e Araken Patuska – conseguiu seu primeiro título paulista em 1931 e fez história outra vez em 1933, quando venceu o Santos por 5 x 1 na primeira partida profissional de futebol do Brasil. Só que, como sempre, apareceu o dinheiro para complicar as histórias. Por causa de uma dívida, o São Paulo da Floresta teve que se fundir ao Tietê e finalmente, em 14 de maio de 1935, foi dissolvido. Só que a semente já estava plantada: 20 dias depois, em 4 de junho, um grupo de ex-sócios do São Paulo da Floresta assinou a criação do Clube Atlético São Paulo. Em 16 de dezembro daquele ano, o nome foi alterado para São Paulo Futebol Clube – e aqui sim começa de verdade nossa história.


Gazeta Press
Leônidas da Silva, o "Diamante Negro", faz o primeiro gol de bicicleta da história
Ainda levou um tempo até que a versão definitiva do clube engrenasse, mas, quando isso aconteceu, foi para realmente passar a fazer companhia aos grandes Corinthians e Palestra Itália. Três fatos foram essenciais para isso: a fusão com ainda outro clube, o Estudante Paulista, em 1938; o arrendamento do estádio do Canindé e, em 1942, a primeira grande contratação de sua história. Por inimagináveis 200 contos de réis, com fama de “bonde” que já havia passado por sua melhor fase, chegou Leônidas da Silva, o “Diamante Negro”. Se o melhor momento de sua carreira já havia passado ou não, pode-se até discutir, mas o fato é que, com o atacante, o Tricolor foi campeão paulista cinco vezes naquela década: em 1943, 45, 46, 48 e 49. Nas três últimas conquistas, contando com aquela que talvez tenha sido a linha média mais famosa do nosso futebol: os “Três Mosqueteiros” Rui, Bauer e Noronha.



Equipe do São Paulo no Paulista de 1957
Até então, tudo parecia estar caminhando muito bem, obrigado. Mas o São Paulo acabaria embarcando num sonho que, por polêmico que tenha sido à época, acabou gerando frutos até hoje. Decidiu-se correr atrás da construção de um grande estádio. E, em 1952, o então presidente Cícero Pompeu de Toledo inaugurou a pedra fundamental, no meio de um terreno que não poderia ser mais ermo e desabitado. “Loucura”,pensou a maioria. E isso porque, a princípio, alguns títulos ainda continuaram pipocando: os Paulistas de 1953 e, principalmente, o de 57 – capitaneado por duas lendas, o mestre Zizinho e Canhoteiro, o “Garricha do lado de lá”.
Foi bom aproveitar, porque o que se seguiu foi um jejum que fez do clube mais assunto entre o pessoal da engenharia civil do que o do futebol. A primeira etapa da construção do Morumbi foi inaugurada em 2 de outubro de 1960: vitória por 1 x 0 sobre o Sporting de Lisboa. Mas só dez anos e 70 milhões de dólares depois é que o sonho realmente virou realidade. Em 1970, a obra foi concluída.


Os ídolos tricolores Careca e Pedro Rocha
E, coincidência ou não, voltaram os títulos: em 70 - com Forlán, Roberto Dias e Toninho Guerreiro - e, no ano seguinte, já com dois monstros no meio-campo, Gérson e Pedro Rocha.
As coisas estavam ficando claras: o São Paulo era um dos grandes times do Estado e aquele com o maior estádio particular do mundo. Legal. Mas, estar na elite do futebol paulista ainda parecia ser pouco. Quando o Campeonato Brasileiro passou a existir, foi a vez de o time alçar vôos maiores, que foi o que aconteceu a partir da década de 70. Depois de dois vice-campeonatos – em 71 e 73 -, o título inédito chegou em 1977, em Belo Horizonte, na disputa de pênaltis. O Atlético-MG até que tinha mais time, mas o São Paulo tinha a garra de Chicão e os gols de Serginho Chulapa. Foi o primeiro passo para ter uma imagem de vencedor em todo o País. A década de 80 se responsabilizaria pelos passos seguintes: Oscar, Darío Pereyra, Falcão e os “Menudos” Careca, Silas, Müller e Sidney. Montar esquadrões virou praxe, e o bicampeonato brasileiro em 1986 deixou isso bem claro.


Gazeta Press
Telê Santana foi bicampeão mundial
O Estado de São Paulo, o Brasil e, finalmente, a América do Sul (e por que não o mundo?). A trajetória são-paulina seguiu essa lógica. Por causa dos títulos internacionais e da qualidade de sua infra-estrutura – especialmente o Centro de Treinamento da Barra Funda, construído em 1988 -, o São Paulo virou referência de clube brasileiro organizado e viu sua torcida inchar desmedidamente. Também, quem não ia querer torcer para o time durante a Era Telê Santana? Foram dois títulos consecutivos da Libertadores da América, cada qual seguido de um título da Copa Intercontinental, no Japão – primeiro contra o Barcelona, depois contra o Milan. Raí, Palhinha, Cafu, Müller – aquele São Paulo de repente passou a ser colocado na mesma frase que “Santos de Pelé” como esquadrões mais vitoriosos no País no exterior.
Só que o auge do sucesso internacional do São Paulo coincidiu com o crescimento rápido e descontrolado da tendência exportadora do futebol do Brasil: todo craque que se destacava aqui, imediatamente virava negócio para Europa.

Gazeta Press
Kaká em ação pelo São Paulo
Com isso, ser time de glórias passou a ser sinônimo de negociar jogadores: começou com Raí para o Paris Saint-Germain em 93. A partir dali, Juninho, Edmílson, Denílson, Kaká, Luís Fabiano... Todo mundo que ajudou o Tricolor a conquistar títulos durante a década de 90 e começo dos anos 2000 acabou partindo para a Europa.
Quando essa tendência deixou de ser tendência para ser a realidade do Brasil, o São Paulo foi o clube que melhor se adaptou: a fama passou a ser a de conquistar jogadores que atuam na Europa para se recuperar no CT bem equipado e a de contratar bem dentro das possibilidades do mercado. Veio o tri da Libertadores em 2005, coroado com um título daquele que agora era o Mundial de Clubes, contra o Liverpool – o auge da geração que tem como ícone maior o goleiro-artilheiro Rogério Ceni. Em 2006, 2007 e 2008, mais três títulos nacionais, para chegar a 6. A fama de clube organizado evoluiu: agora mais do que nunca, a imagem do São Paulo no Brasil é de time vencedor.


Gazeta Press
Rogério Ceni conquistou uma Libertadores, um Mundial e três Brasileiros
Fonte: IG Esporte

DIA DO TRICOLOR!
Todo torcedor comemora a data de fundação de seu clube do coração. Se não o faz, deveria. Pois é a partir dele que cada um de nós comemora, vibra, grita e, por que não, sofre (apesar dessa não ser a tõnica do torcedor são-paulino, rs).
Para o torcedor do São Paulo essa comemoração é um tanto quando dúbia por ser um clube que passou por muitas dificuldades e obstáculos para chegar às glórias (ver "Como nasceu o São Paulo", "Fundação e Refundação" e "Coerência sobre 1930 ou 1935").

Visando acabar com essa discussão, o então vereador Aurélio Miguel colocou em pauta, em 2005, a aprovação do projeto de lei n.º 648. E em 18 de outubro de 2006 foi sancionada na cidade de São Paulo a lei n.º 14 229 de 11 de outubro do mesmo ano que diz que todo dia 16 de dezembro será comemorado o "Dia Tricolor" homenageando, dessa maneira, a data de refundação do clube. Essa data integra o Calendário Oficial de Datas e Eventos do Município de São Paulo.
Mas a data escolhida é controversa para muitos torcedores, e até para o clube, por comemorarem as conquistas anteriores, como o Paulista de 1931.

Na íntegra a lei diz, em seus artigos:
Art. 1º Fica instituído o Dia do São Paulo Futebol Clube no Município de São Paulo, ou seja, o Dia Tricolor, a ser comemorado no dia 16 de dezembro de cada ano, em função dessa data ser a da fundação da agremiação.

Art. 2º A comemoração ora instituída passa a integrar o Calendário Oficial de Datas e Eventos do Município de São Paulo.

Art. 3º No Dia Tricolor serão realizados eventos e atividades culturais que contarão a história desse renomado clube.

Art. 4º O Poder Executivo regulamentará a presente lei no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da data de sua publicação.

Art. 5º As despesas decorrentes da implantação desta lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 6º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
FONTE:

SPFCpédia A Enciclopédia Tricolor


PARABÉNS SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE


FOA TRICOLOR!!!

0 comentários: