23 de outubro de 2009

Momento Histórico - Homenageado Bauer

Meus amigos como já é tradição aqui no blog Força Tricolor, hoje farei uma homenagem a José Carlos Bauer.

Bauer chegou ao São Paulo Futebol Clube quanto tinha apenas 15 anos, levado por amigos ao tricolor paulista. Em 1941 passou a fazer parte do elenco no time amador. Destacou-se logo na categoria e foi promovido ao elenco profissional em 1945.

Neste mesmo ano Bauer foi um jogador fundamental para o São Paulo conquistar o campeonato paulista. Ele ao lado de Rui e Noronha, formaram um dos meios de campos mais técnicos e vencedores do São Paulo, conhecidos como "os três mosqueteiros?.

Transmitiu confiança ao elenco e passou a ser capitão do time. Aliás, uma de suas maiores qualidades era o espírito de liderança.

Bauer foi um atleta disciplinado e de muita técnica, situando-se entre os maiores estilistas do nosso futebol. Atleta que tinha como características uma passada compassada, passes precisos e excelente domínio da bola.

Jogou durante 14 temporadas como titular do São Paulo Futebol Clube e neste período conquistou cinco títulos paulistas, com 398 partidas disputados e 18 gols marcados. Conquistou os títulos paulistas de 1945, 1946, 1948, 1949 e 1953.

Em 1955 Bauer ainda conquistou pelo São Paulo a Copa do Mundo de clubes, em Caracas, e o torneio Jarrito no México.

Bauer também se destacou na seleção brasileira, onde fez história sendo capitão e titular da seleção Brasileira por diversos anos.

Pela seleção brasileira recebeu o apelido de Gigante do Maracanã. Foi campeão Sul- americano de 1949, disputou a copa do mundo de 1950, sendo na ocasião, o único titular que se salvou das criticas da torcida após a histórica derrota na final para o Uruguai no Maracanã. No Pan-Americano de 1952 disputado no Chile, Bauer fez três jogos pela seleção e sagrou-se campeão. Na Copa do Mundo de 1954, disputada na Suíça, Bauer foi capitão da seleção e o único remanescente do time titular da Copa de 1950. Em 1955 conquistou pela seleção brasileira a Taça Bernardo O'Higgins, e despediu-se da seleção no dia 29 de setembro de 1955. Pela seleção disputou ao todo 29 partidas com vinte e uma vitórias, quatro empates e quatro derrotas.

Depois de aposentar as chuteiras, Bauer tornou-se treinador, tendo passagens por clubes do México, Portugal e Colômbia.

Outro fato que marcou a vida de Bauer foi ter descoberto o talento do maior jogador do futebol português de todos os tempos, Eusébio, o Pantera Negra. Tal fato ocorreu durante uma excursão com a Ferroviária de Araraquara por Moçambique. Bauer assim que percebeu o talento diferenciado de Eusébio o indicou ao seu amigo, o Húngaro Bela Gutman, que o levou para jogar no Benfica de Portugal.

Finalizando descrevo um trecho do livro Os Artistas do Futebol Brasileiro de Antonio Falcão: ?um caso pitoresco: Conta-se que, certa vez, em uma aula nas dependências de treinamento da equipe juvenil do São Paulo, para dar ideia de craque, um instrutor dizia aos atletas em formação: "Outrora, aqui no clube, com 1,80m de altura, forte e elegante, alguém, tanto na zaga quanto no apoio, jogava bonito, com perfeito domínio da bola nas matadas no peito e nos passes com o lado do pé. Esse gênio tinha noção estratégica do futebol e da lealdade, era dos maiores estilistas do Brasil e...". Nisso, antecipando-se, um indiscreto desvendou o mistério: Já sei, professor, foi o Bauer.?


Bem meus amigos estas linhas marraram um pouco da histórica de José Carlos Bauer, um dos grandes jogadores que passaram pelo São Paulo e honraram as tradições do clube. Bauer veio a falecer em 4 de fevereiro de 2007, aos 81 anos na cidade de São Paulo em decorrência do Mal de Alzheimer.

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