26 de setembro de 2015

A declaração e a polêmica sobre Juan Carlos Osório

A postura de Osório em seus discursos é um tanto arriscado... uma linha tênue.

Bom dia amigos e leitores do Força tricolor, projetar os efeitos de atos e declarações de um técnico, como aconteceu nos últimos dias com Juan Carlos Osorio, é um dos hobbies favoritos dos jornalistas.

Vamos relembrar antes de mais nada alguns fatos recentes, sobre alguns da imprensa esportiva nacional que adoram falar de crise no São Paulo. Existem os apocalípticos, que acreditam em erro fatal do treinador ao criticar os jogadores publicamente, prefiro aderir a um viés mais integrado, a outra categoria apresentada pelo filósofo e semiólogo italiano Umberto Eco em análise dos meios de comunicação.

É claro que a linha é tênue, que o caminho é frágil e o discurso é arriscado. Creio que a intenção de Osorio ao se expressar contra a “falta de jogadores de qualidade” não tenha sido necessariamente um ataque aos atletas que tem à disposição. A estratégia do treinador, fã convicto de obras de auto-ajuda e sobre liderança, pareceu disposto a atingir os dirigentes. Afinal, quem enfraqueceu o elenco foram eles.

Para reforçar a ideia de que Osorio não busca atacar seus comandados basta encarar os fatos. Há três meses, quando Souza não podia jogar, Thiago Mendes era opção depois de Hudson. Este,veio a ser por algum tempo a ser a única solução.

E quando Osorio não quis responder em entrevista coletiva de depois do empate com a Chapecoense, de como achava que o futebol brasileiro reagia a críticas, ele respondeu que está mais preocupado com a saúde do filho mais novo, de 12 anos, que acaba de fraturar um braço. Faz bem. É um lorde. Então deixa que eu respondo. Reage mal, muito mal, Osorio!

Primeiro que por aqui qualquer crítica é encarada como o fim do mundo. O que era para gerar um ótimo exercício de reflexão e aprendizagem, sobretudo diante de questionamentos construtivos como os do técnico, acaba sendo encarado como rebelia, dano ao bom ambiente. Mas que bom ambiente é esse que não permite críticas construtivas, respeitosas, cara pálida?

O “mal” visto na honestidade de Osorio parece que reside na falta de honestidade de quem o critica. O colombiano, hoje, é um dos únicos profissionais do clube que externa o que pensa sem medo de lidar com as consequências. Porque parece agir sempre de acordo com princípios, valores, e quando isso acontece o desvio de conduta é muito mais raro.

Osorio não é Deus. Mas no futebol brasileiro que não aceita críticas. Neste ultimo episódio ao apontar claramente que não confia na diretoria, ficou claro que foi traído, com promessas que não foram cumpridas. Gostaria que o "profe" ficasse, pois é um trabalho a longo prazo e vejo muito potencial no sue trabalho.

Mas a partir do momento em que sua vontade é treinar uma seleção e disputar uma copa do mundo, que vá, o São Paulo é maior que isto tudo.


Por @JonasCosta_SPFC



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