21 de abril de 2013

Mestre só não, gênio: 7 anos sem Telê Santana



O futebol é repleto de personagens. Vilões e heróis. Em 21 de abril de 2006, feriado nacional de Tiradentes, mártir da Inconfidência Mineira, o mundo sentiu o pesar de perder um herói que não dava valor superestimado à vitória, pelo contrário, estimava o esporte em si, o bem jogado, em detrimento dos resultados.

Telê Santana da Silva faleceu aos 74 de idade em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Peço licença póstuma a Getúlio Vargas, e roubo-lhe a celebre frase para dizer que Telê Santana saiu da vida para entrar na história; e entrou na história são-paulina como mestre. Mestre Telê.

Cinco anos vitoriosos à frente do São Paulo Futebol Clube. Onze títulos conquistados, até hoje a melhor era que qualquer clube brasileiro jamais alcançou. Telê deixou um legado de educação ao tricolor, deixou o sentimento de dever cumprido, além de uma imensa saudade, nos milhares de fãs espalhados pelo Brasil inteiro.

Pelos gramados do Morumbi e também pelo Centro de Treinamento já passaram os maiores jogadores da história do nosso futebol, mas até hoje o nome mais aclamado por toda a Torcida tricolor, com toda certeza é o dele: o nosso eterno mestre!

Como um pai que ensina os primeiros passos ao filho, Telê sempre foi paciente ao extremo com jogadores de qualidade técnica inferior, mas dava o mesmo tratamento aos que se achavam perfeitos ou craques. Não poderia haver distinção na hora das cobranças por um passe certo ou na forma de se chutar corretamente uma bola. Conceitos tão simples para muitos, para Telê eram ponto de partida para qualquer trabalho.

Não foi à toa que ganhou o apelido de “Mestre”, “Mestre Telê Santana”. Como um professor, tinha a paciência de poucos no seu meio profissional. Por tudo isso, ganhou o respeito da maioria dos críticos e, principalmente, dos torcedores do futebol brasileiro e mundial.

O favoritismo e o futebol magnífico de homens como Sócrates, Zico, Falcão e Toninho Cerezo caíram diante de uma modesta seleção italiana e um inspirado Paolo Rossi. Tristeza. Assim como em 1986. Ah, como foi triste aquele 1986… Justo ele, que prezava pelo melhor do futebol, foi castigado pelo melhor que este esporte tem a oferecer: o imponderável.

Amante do futebol, o homem que nunca perdeu a esperança pelo futebol bem jogado, pela arte da bola, o Fio de esperança sempre será o maior técnico que tivemos à nossa disposição, e palavras não são capazes de fazer entender o tamanho da importância do homem que literalmente fez o São Paulo dentre os grandes, o Primeiro.

Obrigado, Mestre. Pra sempre vivente no São Paulo. Pra sempre em nossos corações.

“Olê, olê, olê, olê, Telê, Telê... Olê, olê, olê, olê, Telê, Telê!”

Esse artigo foi escrito por Roberta Oliveira

1 comentários:

  • Unknown says:
    22 de abril de 2013 às 08:25

    Linda homenagem ao eterno Mestre!