15 de fevereiro de 2013

16 anos de história – O Primeiro gol do nosso goleiro Artilheiro


Imagine um goleiro que está há quase 23 anos num grande clube do futebol brasileiro. Uma história que teve seu início no dia 7 de setembro de 1990, quando o jovem de 17 anos fez um teste no CT da Barra Funda e foi aprovado pelo então preparador Valdir Joaquim de Morais. O primeiro jogo como titular na equipe profissional seria realizado três anos depois, em duelo contra o Tenerife (ESP), pelo troféu Santiago de Compostela.

Até 1997, aguardou pacientemente na reserva por uma oportunidade. Desde então, assumiu a vaga de titular e não saiu mais.

Imagine agora um goleiro que se destaca dos seus demais companheiros de profissão por uma postura voltada aos interesses administrativos do clube, a ponto de ser apontado como um provável presidente desse clube, quando o mesmo se aposentar.

Imagine que esse goleiro resolveu se superar ainda mais, ser o primeiro a chegar aos treinos e o último a sair, tudo para treinar além de defesas, também lances de bola parada.

A data está guardada na memória de todo são-paulino. Sábado, 15 de fevereiro de 1997. Jogo contra o União São João, estádio Hermínio Ometto em Araras, terceira rodada do Campeonato Paulista. Tudo se encaminhava para um jogo como outro qualquer, até que aos 45 minutos do primeiro tempo o juiz Wilson de Souza Mendonça marca falta em cima do meia Adriano na entrada da área adversária, pelo lado esquerdo.
Com o aval do então técnico Muricy Ramalho, o goleiro Rogério Ceni atravessa o campo e parte pra bola. Cobrança perfeita. A bola passa pelo lado de fora da barreira e morre no canto esquerdo do goleiro Adnan. Começava ali uma história de sucesso que teve seu ápice no momento em que o ídolo tricolor marcou seu nome no futebol mundial como maior goleiro artilheiro, e consagração maior ainda com a marca dos 100 gols, atingida diante do rival Corinthians.

Você que viu a atuação desse jogador, pode se considerar um privilegiado. Mitos, em qualquer segmento que seja, não surgem todos os dias.

Pessoas como Rogério, raciocinam numa velocidade que vai além do padrão normal dos humanos. Pelé, Maradona, Zico, Beckenbauer, Zidane entre outros, são parte de uma exceção da natureza do futebol, do esporte como um todo. Eles são especiais.

Jogadores como estes, fazem o esporte parecer fácil, banal. Mas não é, ao menos, para a grande maioria. Rogério muito além de um excelente goleiro, teve a felicidade de encontrar em seu destino, a atividade na qual foi perfeitamente moldado para exercer, o futebol.

Não é qualquer um que recebe o apelido de MITO. Na realidade essa palavra finalmente encontrou alguém que justifique seu significado. Em sua concepção Pelé imortalizou a camisa 10, desde então todos os jogadores desde seus primeiros chutes almejam “carregar o 10 nas costas”.

Rogério quebrou esse conceito, a camisa 01 hoje divide a opinião dos jogadores, afinal o maior goleiro artilheiro do mundo a vestiu com harmonia nunca antes vista.

Nunca disputou uma Copa do Mundo como titular???
Pro sãopaulino isso é apenas um detalhe, afinal são 16 títulos, isso sem contar com a incrível marca de 109 gols assinalados. Entre as principais conquistas, estão a Taça Libertadores da América/ Mundial de Clubes da FIFA em 2005 e o tricampeonato Brasileiro 2006, 2007 e 2008.

Lesionou-se gravemente no ombro, ficando cerca de seis meses parado, mesmo assim não desistiu. Falhas, críticas, nunca abaixou a cabeça diante de qualquer obstáculo, passou por cima de absolutamente todos.

Um ídolo como esse, merece aplausos ao redor de todo o planeta. Sim, o mundo reverencia um dos maiores jogadores que em sua terra já pisou, um dos 10 rostos mais conhecidos entre todos os demais. Parabéns Rogério Ceni, pelo aniversário do primeiro dos 109 gols, todos eles de patrimônio exclusivo do torcedor tricolor.

Esse artigo foi escrito por Roberta Oliveira

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