28 de janeiro de 2013

Paulo Henrique Ganso, seja muito bem vindo ao caminho do gol.


O Maestro é aquele que dá o tempo da música, o pulso (velocidade);os gestos determinam a "textura" da música: se as notas vão ser mais suaves ou mais duras; e a "amplitude" da regência determina o volume (forte ou piano), quando a música "cresce" e quando "diminui", em suma, a interpretação dinâmica.

Além disso, ele dá as entradas para os músicos (nem todas as músicas começam e terminam com todos os instrumentos tocando ao mesmo tempo) e "fecha" a música de modo a todos os músicos pararem de tocar ao mesmo tempo.

Catapultado como revelação do futebol nacional no ano de 2010, Ganso envolveu-se em contusões e confusões na renovação de seu contrato. Não tomou a frente da situação, e viu empresários sedentos por projeção financeira, colocarem o Santos contra a parede... Resultado: perdeu espaço no elenco, demorou a entrar em forma e hoje pratica um futebol chato, burocrático, insosso e sem inspiração. Tem alguns lampejos, é verdade, mais longe daquele armador espetacular orientado por Dorival Junior.

A torcida santista também não poupou o camisa 10 das críticas e chegou a fazer protestos chamando o meia de “mercenário”. O primeiro deles aconteceu no clássico contra o Palmeiras no Pacaembu, quando os torcedores cantaram para Ganso: “Não é mole não, ô Paulo Henrique mais respeito com o Peixão”. Depois, na partida contra o Bahia na Vila Belmiro, moedas foram atiradas no campo para o meia, naquele que acabou sendo o último ato do meia com a camisa do clube que o promoveu ao futebol, encerrou a passagem pelo Santos com cinco títulos: três do Paulista, um da Copa do Brasil e um da Libertadores; 36 gols em 162 jogos.

Propostas milionárias, jogo de interesses, o jogador como um produto, indecisão dos próprios dirigentes do clube em liberar ou não o jogador e a espera do São Paulo para a contratação. Todo esse ambiente circunde um atleta, que treinou e se preparou para ter uma carreira brilhante, que já foi considerado um dos melhores jogadores do Brasil. Esse é o preço que se paga pela fama, a incerteza do amanhã. Como lidar com tudo isso?

Felizmente, graças ao São Paulo, essa longa novela envolvendo o meia, chegou ao fim. O jogador assinou com o clube do Morumbi por cinco anos; Esse final não foi muito feliz para os dirigentes do Grêmio, que também tinham a pretensão de contar com o futebol do jogador, tampouco para seu amigo Neymar, que obviamente não gostaria de vê-lo atuando em um clube rival, mais em contrapartida foi ótimo para o torcedor do Maior do Mundo.

Tão ótimo, que saiu na tarde deste sábado, na vitória por 2 a 1 dos reservas sobre o Atlético Sorocaba, o primeiro gol do Maestro pelo clube. Aos 30 minutos da etapa inicial, ele desviou de cabeça cruzamento feito pelo lateral esquerdo Thiago Carleto e experimentou a sensação de balançar a rede por outra equipe que não o Santos, o qual defendia até o fim de setembro do ano passado.

Agora com novos ares, já com um titulo e o primeiro gol assinalado no novo clube, ele terá a oportunidade de gerir sua carreira de um modo satisfatório: com boas atuações nessa nova temporada que se inicia e consequentemente, calar a toda critica santista... É exatamente isso que o torcedor do São Paulo espera dele, que ele jogue por essa Nação Soberana que sempre acreditou no seu futebol e aguardou com tanta paciência para saborear o seu primeiro Supla sumo máximo do futebol que é o gol, com a graça de Deus e a benção de São Paulo!

Esse artigo foi escrito por Roberta Oliveira

1 comentários:

  • Unknown says:
    29 de janeiro de 2013 às 10:35

    Ganso precisa pegar confiança, futebol ele tem de sobra, quando embalar vai ajudar demais o time.