Ontem dia 03 de Dezembro de 2016, foi votado o Novo Estatuto Social do São
Paulo FC.
Uma nova página foi escrita na história do São Paulo FC, finalmente o novo estatuto foi aprovado. Foram 623 votos pelo “SIM” e 117 votos pelo “NÃO”.
Saiba tudo sobre o processo de
Reforma Estatutária e conheça o Projeto do Novo Estatuto Social que será votado
na Assembleia acessando http://spfc.vc/estatuto2016
A seguir as 10 principais propostas, abaixo dez mudanças importantes no projeto:
1 – Conselho de Administração
O São Paulo continuaria sob modelo presidencialista, mas teria um Conselho
de Administração para definir as diretrizes e prioridades macro da gestão. O
órgão seria responsável por aprovação de contratos, definição de orçamento e
perfil, teto para investimentos, cobrança do cumprimento das políticas
estabelecidas, com regras de governança e compliance, entre outros.
Por outro lado, o órgão não participaria das decisões do dia a dia, como por
exemplo definição de um novo treinador ou contratação de um jogador. Esse tipo
de definição seria de responsabilidade da diretoria executiva profissional.
O Conselho de Administração seria composto por nove pessoas: presidente e
vice, quatro integrantes escolhidos pelo mandatário, dos quais três
necessariamente precisam ser independentes, dois membros escolhidos pelo
Conselho Deliberativo e um último do Conselho Consultivo. As decisões seriam
colegiadas. A ideia com essa composição é ter um grupo plural e que represente
diferentes correntes nas decisões colegiadas. Eles fariam ao menos uma reunião
mensal para acompanhar o andamento da gestão. Qualquer membro do Conselho de
Administração poderá ser destituído pelo voto favorável de pelo menos seis
membros, mas essa regra não se aplica aos cargos de presidente e vice.
2 – Diretoria profissional
As políticas de gestão definidas pelo Conselho de Administração seriam
executadas por uma diretoria profissional, que teria de três a nove cargos
remunerados, de acordo com critério do presidente. As pastas seriam definidas
pelo presidente. Eles se dedicariam integralmente ao clube. Hoje, os diretores
estatutários se dividem entre a vida profissional fora do São Paulo e o cargo
no clube, como por exemplo o diretor de marketing Vinicius Pinotti (veja na
foto). Associados poderão fazer parte da diretoria executiva, desde que
preencham pré-requisitos do estatuto do clube.
3 – Fim dos vice-presidentes
Não haveria mais os cinco cargos de vice-presidentes estatutários.
Atualmente há vice de futebol, administração e finanças, social e de esportes
amadores, patrimônio, e comunicações e marketing. Eles não são remunerados. O
presidente teria a prerrogativa de criar uma diretoria social, obedecendo
normas do estatuto. Eles não poderão ser remunerados.
4 – Presidente poderá ser remunerado
O presidente poderá ser remunerado na sua função, desde que isso seja
aprovado pelo Conselho de Administração. O valor seria de até 70% do teto do
maior salário do serviço público federal, no caso de um ministro do Superior
Tribunal Federal (STF), que recebe cerca de R$ 36 mil. Ou seja, presidente e
vice poderiam receber algo em torno de R$ 25 mil, sem que o clube perdesse o
direito à isenção fiscal. Eles também poderão, por exemplo, optar por não ser
remunerados e contratar um CEO (Chief Executive Officer).
5 – Mudança no tempo de mandato e na chapa
A gestão de um presidente do São Paulo hoje é de três anos com possibilidade
de reeleição. No projeto do novo estatuto, o mandato do presidente e do vice
passaria a ter quatro anos, sem direito a reeleição de nenhum dos dois. Por
outro lado, os outros sete integrantes do Conselho de Administração poderão ser
mantidos, caso seja a vontade do novo presidente. Os candidatos deverão formar
chapas para presidente e vice. Ou seja, é proibida a apresentação de
candidatura individual.
6 – Nova data para eleições
A eleição do São Paulo ocorre no mês de abril e passaria a ser realizada em
dezembro.
7 – Gestão de transição
Se o novo estatuto for aprovado, o próximo mandato começaria em abril de
2017 e terminaria em dezembro de 2020 para adequar o clube ao novo modelo.
Assim, o presidente do São Paulo governaria por três anos e nove meses. No
momento, Leco cumpre mandato tampão, após a renúncia de Carlos Miguel Aidar, em
outubro de 2015.
8 – Conselho Fiscal
Seria composto por cinco integrantes, sendo que nenhum deles poderia ser
conselheiro (caso seja, ele teria de deixar o órgão) e todos necessariamente
precisariam ser associados. Além disso, os membros seriam escolhidos sob
critérios de qualificação técnica, com formação universitária adequada para
fiscalização.
9 – Participação dos associados
Mais representantes no Conselho eleitos pelos associados: de 80 para 100
conselheiros. Antes, 40 vagas eram ocupadas pelos mais votados entre os sócios,
número que passará a 75. Ou seja, quase dobra a participação de eleição de
associados para integrar o Conselho.
10 – Separação entre futebol e clube social
A mudança amplamente debatida em diversos clubes estaria prevista no novo
estatuto, mas não de forma definitiva. O São Paulo seria obrigado a fazer nos
próximos 12 meses a partir da implantação do novo estatuto um estudo de
viabilidade da separação do futebol profissional do clube social. Esse estudo
analisaria aspectos de impacto tributário e no patrimônio, além de vantagens e
desvantagens da eventual separação. Posteriormente, esse estudo seria submetido
à apreciação do Conselho Deliberativo e dos sócios. Ou seja, o clube teria a
obrigação de fazer o estudo, mas não a mudança.
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