Após estrear contra Bayern e Milan, zagueiro de 17 anos é muito
elogiado pelo técnico e será titular contra o Kashima Antlers, no Japão
Com apenas dois jogos no time profissional do São Paulo, Lucas Silva
tem um currículo invejável. Em menos de 24h, esteve frente a frente com
Robben, Ribery, El Shaarawy e outras estrelas que até poucos dias atrás
via apenas na televisão ou no videogame. O São Paulo perdeu para Bayern
de Munique e Milan, é bem verdade, mas as atuações garantiram ao
zagueiro de apenas 17 anos uma vaga no elenco principal.
– Foi diferente estrear assim. Alguns amigos me falaram que tem jogador
que estreia no Paulistão ou no Brasileiro, mas comigo aconteceu de ser
contra Bayern e Milan (risos). Na hora não deu para pensar muita coisa. É
legal ver jogadores famosos assim. Os caras são feras mesmo. Pensei em
fazer a minha parte, o meu melhor – afirmou.
E o melhor já foi o suficiente para o técnico Paulo Autuori. O jogador
foi avisado que continuará no grupo que tentará sair da zona do
rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Sem Lúcio, afastado, o treinador
acredita ter encontrado na base uma boa alternativa para disputar as
posições com Paulo Miranda, Rafael Toloi e Edson Silva.
– Ele é um jogador tranquilo, sereno e com muita qualidade técnica.
Tomou conta da posição. Vejo nele uma maturidade incrível. Isso é uma
coisa de quem nasce com o jogador. Tenho certeza de que terá futuro
brilhante – afirmou Autuori.
ucas Silva terá nesta quarta-feira mais uma chance de continuar
encantando o técnico. Com Paulo Miranda e Rafael Toloi de volta ao
Brasil, o comandante vai utilizá-lo como titular na partida contra o
Kashima Antlers, nesta quarta-feira, às 7h (de Brasília), pela Copa
Suruga.
– É uma grande responsabilidade. O Autuori me passa muita confiança. É importante ter essa motivação – disse.
O zagueiro foi descoberto por um olheiro tricolor durante um torneio em
Brasília, terra natal dele, em 2008, com apenas 12 anos. Depois de
alguns testes, acabou convidado para mudar de cidade e ficar alojado no
centro de treinamentos das categorias de base, em Cotia, região
metropolitana da capital paulista.
A mudança na carreira começou justamente num fracasso do São Paulo.
Depois da eliminação na Taça Libertadores, a diretoria optou por
reformular o elenco e buscou novas opções entre os garotos. Lucas subiu
com o aval do técnico Ney Franco, mas não teve oportunidades.
A chegada aos profissionais, aliás, causou uma confusão sobre qual
seria o nome dele. Promovido como Lucas Cavalcante, ele é chamado
internamente de Lucão – inclusive por Autuori. No entanto, pelo fato de o
primeiro sobrenome ser extenso, acabou orientado pela diretoria a
adotar o segundo, Silva.
Com o São Paulo longe do Morumbi nos últimos dias, Lucas faz questão de
se apresentar para a torcida e dá um “recado” aos atacantes.
– Sou um zagueiro com mais técnica do que força física. Não que eu não
vá chegar junto. Sou técnico, mas, se precisar, vou dar uma chegada
(risos).
0 comentários:
Postar um comentário