Nesta semana, recebi um email, no qual dizia algumas
inverdades sobre a história do São Paulo. Inconformado, e em tom de resposta
resolvi contar a vocês a verdadeira história do São Futebol Clube.
No começo dos anos 30, o futebol paulista e brasileiro
estavam em crise. De um lado, quem defendia o profissionalismo, e do outro os
defensores do amadorismo. Em São Paulo, brigavam a LAF (amadorista) e a APEA
(profissionalista). Com a vitória do profissionalismo, o Club Athlético
Paulistano resolveu extinguir seu departamento de futebol. Então, ex-sócios,
dirigentes e jogadores decidiram unir o grande time do Paulistano com a
estrutura do time da Associação Athlética das Palmeiras. No dia 26 de janeiro de
1930, a ata de sua fundação era assinada. Pelo fato de o estatuto não ter sido
finalizado a tempo, a fundação não pôde ter sido concluída no dia 25 de
janeiro, dia e mês em que a cidade de São Paulo foi fundada. Surgia então o São
Paulo Futebol Clube. Conservando as tradições do passado, o uniforme do novo
clube estamparia as faixas vermelhas (Paulistano) e pretas (AA das Palmeiras).
O São Paulo ainda herdaria o campo pertencente à AA das Palmeiras, a chamada
“Chácara da Floresta”, razão pela qual passou a ser conhecido em seus primeiros
anos como "São Paulo da Floresta".
Alguns anos depois, por 190
contos de réis, o São Paulo comprava uma nova sede localizada na Rua
Conselheiro Crispiniano, um pequeno palácio conhecido como “Trocadero”. Porém, com
a crise decorrente da profissionalização do esporte e do racha entre as ligas,
além de problemas internos acarretados pela filiação à Confederação Brasileira
de Desportos, alguns dirigentes do clube, que andavam descontentes com os rumos
do futebol no país, resolveram fundir-se com o Clube de Regatas Tietê e acabar
com o departamento de futebol. Outro grupo, favorável a continuidade do clube,
foram à justiça e impugnaram o direito de a diretoria fundir o clube com o
Tietê sem que a opinião dos sócios fosse ouvida.
Os sócios obtiveram ganho
de causa mesmo após a defesa da diretoria do clube. A diretoria não teve outra
saída senão convocar uma assembléia geral. Porém o artigo 2º do estatuto do
clube à época dizia que somente os "sócios fundadores", considerados
"proprietários" do clube, poderiam compor a assembléia. Como a
maioria deles era ligado à diretoria, a fusão foi aprovada. Com isso, o
departamento de futebol foi oficialmente extinto e desfiliado da APEA. Com a
fusão, a parte administrativa foi fundida ao Clube de Regatas Tietê, que
incorporou todos os patrimônios físicos e não poderia usar as cores, uniformes
e símbolos do São Paulo. Surgia assim o Tietê São Paulo.
Após a fusão, alguns
associados não concordaram com essa extinção e decidiram fundar o Clube Atlético
São Paulo que, não conseguiu o apoio de todos os associados. Até que, no dia 16
de dezembro de 1935 ressurgiria depois de tantos empecilhos e ressurreições o
São Paulo Futebol Clube, destinado a preservar as glórias do antigo São Paulo,
do bairro da Floresta.
* Na próxima semana,
contarei a vocês sobre a incorporação com o C.A. Estudantes da Mooca, a suposta
ajuda de Palestra e Corinthians para evitar uma falência do São Paulo e a
suposta bandeira esticada pelo presidente do São Paulo no meio das torcidas
adversárias.
VAI LÁ,
VAI LÁ, VAI LÁ! VAI LÁ DE CORAÇÃO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SER
CAMPEÃO!
Um grande
abraço.
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