14 de julho de 2016

Sou tricolor, sou São Paulo, com muito orgulho e muito amor

Parabéns aos guerreiros que honraram as tradições são paulinas nesta libertadores

Quero iniciar este texto primeiramente lembrando que o time do São Paulo fez bonito sim nesta edição da Copa Libertadores da América. Mesmo diante de tantos problemas chegamos a semi-final da competição, e com méritos caímos de pé.

O São Paulo Futebol Clube iniciou o ano de 2016 com a difícil missão de superar a ausência de seu capitão, Rogério Ceni, que aposentara no final da ultima temporada. Além do M1to tivemos a saída de Luis Fabiano, o homem de referência no ataque. E como se não bastasse perdemos também Alexandre Pato, titular absoluto em 2015, que teve seu empréstimo encerrado em dezembro.

Era um time que buscava uma identidade, que precisava de uma reformulação. Em uma cartada certeira a diretoria trouxe o argentino Edgardo Bauza para ser o novo técnico. Experiente, competente, bicampeão da libertadores da América com a LDU (Equador) em 2008 e com o San Lorenzo (Argentina) em 2014, El Paton mudou a forma do time jogar e fez crescer o desempenho de muitos jogadores, o principal deles Paulo Henrique Ganso.

Era preciso reforçar o elenco, e para suprir a falta de um líder, a diretoria contratou Diego Lugano, um ídolo da torcida com história no clube. Depois vieram Jonathan Calleri, artilheiro ex-jogador do Boca Juniors, um zagueiro desconhecido até então Maicon, do FC Porto, ambos por empréstimo para disputa da libertadores. Foi contratado ainda junto ao FC Porto por empréstimo o atacante Kelvin, que esteve no Palmeiras em 2015 e pouco jogou. Outro que veio por empréstimo foi o chileno Mena, lateral esquerdo do Cruzeiro.

Assim o São Paulo foi reformulando seu elenco e buscando uma identidade como equipe, coisa que faltou na temporada anterior. Bauza montou um time competitivo, mesmo não tendo em mãos todas as peças que desejava. Calleri mostrou faro apurado de gol e uma raça admirável dentro de campo. Maicon se tornou o Xerifão que faltava há tempos no elenco do São Paulo e Kelvin surpreendentemente caiu como uma luva no ataque, rápido e habilidoso logo se firmou como titular.

O São Paulo começou a sua trajetória na fase de grupos da Libertadores com uma derrota inesperada em casa diante do The Strongest, um resultado que deixou má impressão e serviu de combustível para a imprensa detonar o São Paulo. “Um time que vai ser eliminado na fase de grupos”.

A partir daí o elenco foi se fechando e fortalecendo, e após vencer o River Plate, o tricolor foi buscar a classificação para o mata-mata na impiedosa altitude de La Paz, sem ar, mas com sangue nas veias.
Enfrentamos na sequência o Toluca do México, a imprensa novamente apontava o time mexicano como favorito, mas o São Paulo mostrou sua força no Morumbi e com um impiedoso placar de 4 a 0 selou a classificação.
O confronto seguinte, já pelas quartas de finais, foi contra o Atlético Mineiro, novamente o São Paulo era considerado zebra, mas venceu em casa e buscou a classificação na casa do adversário, mostrando o peso de sua camisa.

Contra o Atlético Nacional da Colômbia, melhor campanha do torneio até então, o São Paulo iniciou sua luta por uma vaga na final jogando em casa. A partir daí o destino começou a dificultar as coisas para o tricolor, dois jogadores se machucaram e o time teve duas baixas importantes, Kelvin o homem de velocidade do ataque e Ganso o maestro do time.

Mesmo desfalcado o time entrou forte, a primeira partida foi bem disputada, jogo difícil contra um adversário muito bom diga-se de passagem. Mas um lance foi decisivo para o resultado final da partida. Maicon se desentendeu com o excelente Borja e foi expulso, após um queda teatral do centroavante adversário. A partir daí o time se perdeu e acabou tomando dois gols nos minutos finais.

O jogo da volta seria ainda mais difícil agora também sem contar com Maicon. E novamente o jogo foi parelho, o tricolor guerreiro, saiu na frente com Calleri, mas logo sofreu o empate. E no final do primeiro tempo veio o lance que poderia ter mudado tudo, pênalti claro a favor do São Paulo não marcado pelo arbitro indicado pela CONMEBOL. O mesmo foi pivô do lance que definiu a eliminação, um pênalti para os donos da casa e expulsão de dois atletas do São Paulo.

Enfim esta foi a história de um time que lutou muito, mostrou garra e se não fosse os erros de arbitragem poderia estar disputando uma final. Meu placar moral desta disputa, 0 a 0 no Morumbi e 2 a 2 na Colombia. Embora eliminados nossos jogadores merecem aplausos, pois o que não faltou foi entrega e vontade de vencer.

Bauza precisa de tempo, pois mostrou que sabe montar um time vencedor. Agora espero que a diretoria continue acertando nas contratações e que saiba repor as peças que provavelmente perderemos. Calleri já se foi, Ganso está de saída e Rodrigo Caio também deve sair, mas isto é assunto para ser discutido mais adiante.

O São Paulo tem de ficar atento, o próprio time do Atlético Nacional tem jogadores que seriam bons reforços. É preciso trabalhar e saber negociar.

A nós torcedores cabe apoiar o time, reconhecer o esforço de nossos atletas. Tenha orgulho de vestir o manto tricolor, pois poucos tem uma história tão vitoriosa e um futuro tão promissor.

FORÇA TRICOLOR!!!



Por Jonas Costa
Twitter: @JonasCosta_SPFC

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