Parabéns aos guerreiros que honraram as tradições são paulinas
nesta libertadores
Quero iniciar este texto primeiramente lembrando que o time
do São Paulo fez bonito sim nesta edição da Copa Libertadores da América. Mesmo
diante de tantos problemas chegamos a semi-final da competição, e com méritos caímos
de pé.
O São Paulo Futebol Clube iniciou o ano de 2016 com a
difícil missão de superar a ausência de seu capitão, Rogério Ceni, que
aposentara no final da ultima temporada. Além do M1to tivemos a saída de Luis
Fabiano, o homem de referência no ataque. E como se não bastasse perdemos
também Alexandre Pato, titular absoluto em 2015, que teve seu empréstimo
encerrado em dezembro.
Era um time que buscava uma identidade, que precisava de uma
reformulação. Em uma cartada certeira a diretoria trouxe o argentino Edgardo Bauza para ser o novo técnico. Experiente, competente,
bicampeão da libertadores da América com a LDU (Equador) em 2008 e com o San
Lorenzo (Argentina) em 2014, El Paton mudou a forma do time jogar e fez crescer
o desempenho de muitos jogadores, o principal deles Paulo Henrique Ganso.
Era preciso reforçar o elenco, e para suprir a falta de um
líder, a diretoria contratou Diego Lugano, um ídolo da torcida com história no
clube. Depois vieram Jonathan Calleri,
artilheiro ex-jogador do Boca Juniors, um zagueiro desconhecido até então
Maicon, do FC Porto, ambos por empréstimo para disputa da libertadores. Foi
contratado ainda junto ao FC Porto por empréstimo o atacante Kelvin, que esteve
no Palmeiras em 2015 e pouco jogou. Outro que veio por empréstimo foi o chileno
Mena, lateral esquerdo do Cruzeiro.
Assim o São Paulo
foi reformulando seu elenco e buscando uma identidade como equipe, coisa que
faltou na temporada anterior. Bauza montou um time competitivo, mesmo não tendo
em mãos todas as peças que desejava. Calleri mostrou faro apurado de gol e uma
raça admirável dentro de campo. Maicon se tornou o Xerifão que faltava há
tempos no elenco do São Paulo e Kelvin surpreendentemente caiu como uma luva no
ataque, rápido e habilidoso logo se firmou como titular.
O São Paulo começou
a sua trajetória na fase de grupos da Libertadores com uma derrota inesperada
em casa diante do The Strongest, um resultado que deixou má impressão e serviu
de combustível para a imprensa detonar o São Paulo. “Um time que vai ser eliminado na fase de grupos”.
A partir daí o
elenco foi se fechando e fortalecendo, e após vencer o River Plate, o tricolor
foi buscar a classificação para o mata-mata na impiedosa altitude de La Paz,
sem ar, mas com sangue nas veias.
Enfrentamos na
sequência o Toluca do México, a imprensa novamente apontava o time mexicano
como favorito, mas o São Paulo mostrou sua força no Morumbi e com um impiedoso
placar de 4 a 0 selou a classificação.
O confronto seguinte,
já pelas quartas de finais, foi contra o Atlético Mineiro, novamente o São
Paulo era considerado zebra, mas venceu em casa e buscou a classificação na
casa do adversário, mostrando o peso de sua camisa.
Contra o Atlético
Nacional da Colômbia, melhor campanha do torneio até então, o São Paulo iniciou
sua luta por uma vaga na final jogando em casa. A partir daí o destino começou
a dificultar as coisas para o tricolor, dois jogadores se machucaram e o time teve
duas baixas importantes, Kelvin o homem de velocidade do ataque e Ganso o
maestro do time.
Mesmo desfalcado o
time entrou forte, a primeira partida foi bem disputada, jogo difícil contra um
adversário muito bom diga-se de passagem. Mas um lance foi decisivo para o
resultado final da partida. Maicon se desentendeu com o excelente Borja e foi
expulso, após um queda teatral do centroavante adversário. A partir daí o time
se perdeu e acabou tomando dois gols nos minutos finais.
O jogo da volta
seria ainda mais difícil agora também sem contar com Maicon. E novamente o jogo
foi parelho, o tricolor guerreiro, saiu na frente com Calleri, mas logo sofreu
o empate. E no final do primeiro tempo veio o lance que poderia ter mudado
tudo, pênalti claro a favor do São Paulo não marcado pelo arbitro indicado pela
CONMEBOL. O mesmo foi pivô do lance que definiu a eliminação, um pênalti para
os donos da casa e expulsão de dois atletas do São Paulo.
Enfim esta foi a
história de um time que lutou muito, mostrou garra e se não fosse os erros de
arbitragem poderia estar disputando uma final. Meu placar moral desta disputa,
0 a 0 no Morumbi e 2 a 2 na Colombia. Embora eliminados nossos jogadores
merecem aplausos, pois o que não faltou foi entrega e vontade de vencer.
Bauza precisa de
tempo, pois mostrou que sabe montar um time vencedor. Agora espero que a
diretoria continue acertando nas contratações e que saiba repor as peças que
provavelmente perderemos. Calleri já se foi, Ganso está de saída e Rodrigo Caio
também deve sair, mas isto é assunto para ser discutido mais adiante.
O São Paulo tem de
ficar atento, o próprio time do Atlético Nacional tem jogadores que seriam bons
reforços. É preciso trabalhar e saber negociar.
A nós torcedores
cabe apoiar o time, reconhecer o esforço de nossos atletas. Tenha orgulho de
vestir o manto tricolor, pois poucos tem uma história tão vitoriosa e um futuro
tão promissor.
FORÇA TRICOLOR!!!
Por Jonas Costa
Twitter: @JonasCosta_SPFC
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