15 de outubro de 2014

Na superação, Tricolor elimina o Huachipato-CHI e avança na Sul-Americana


Com muita raça e maestria de Ganso, São Paulo driblou as adversidades e venceu os chilenos

Com a genialidade de Paulo Henrique Ganso, a disposição de Alvaro Pereira, a versatilidade de Michel Bastos, as grandes defesas de Rogério Ceni e, principalmente, com a entrega e determinação de todo o time - que soube driblar as adversidades -, o Tricolor bateu o Huachipato-CHI por 3 a 2 na noite desta quarta-feira (15) e avançou para a próxima fase da Copa Sul-Americana de 2014.

Com gols de Michel Bastos, Paulo Henrique Ganso - este um golaço - e Boschilia, o São Paulo eliminou os chinelos da competição internacional no duelo de volta, válido pelas oitavas de final. Com apenas dez homens desde os 30 minutos do primeiro tempo, após a expulsão de Denilson no Estádio CAP, os brasileiros se esforçaram até o apito final para assegurar a suada classificação.

Na próxima fase, quartas de final, a equipe são-paulina medirá forças contra Goiás ou Emelec, do Equador, e tentará manter vivo o sonho pelo bicampeonato do torneio. Em 2012, com campanha impecável, o Tricolor ergueu a taça e conquistou uma vaga na Libertadores da América. Vale lembrar que diante do Huachipato, na ida, o São Paulo já havia vencido por 1 a 0.

Expulso no jogo de ida, Luis Fabiano foi punido pela Conmebol e acabou suspenso de três partidas. Além do Fabuloso, Muricy não pôde contar com Rafael Toloi (aprimora a forma física após se recuperar de um estiramento na coxa esquerda), Kaká e Souza (que estavam na Seleção Brasileira), Ademilson (estava na Seleção Brasileira olímpica), Rodrigo Caio (lesão no joelho esquerdo) e Maicon (pancada nas costas).

Dessa forma, com as importantes voltas de Paulo Miranda, Alvaro Pereira e Paulo Henrique Ganso, o técnico Muricy Ramalho escalou o time com Rogério Ceni; Paulo Miranda, Antonio Carlos, Edson Silva e Alvaro Pereira; Denilson, Hudson, Michel Bastos e Paulo Henrique Ganso; Alexandre Pato e Alan Kardec.

Com a bola rolando, como já era possível imaginar, os anfitriões partiram para o campo de ataque e pressionaram muito o São Paulo nos primeiros minutos. Armando uma verdadeira blitz, os chilenos exigiriam bastante do goleiro Rogério Ceni, que ao lado da defesa teve trabalho para conter o adversário.

Nos contragolpes, os brasileiros tentavam sair e deixar o campo defensivo. Aos 6, Pato arrancou pelo meio e foi derrubado por Povea. A bola sobrou para Ganso, que ganhou na corrida de Gonzalez e bateu na saída de Jimenez. O goleiro espalmou para escanteio e impediu o gol são-paulino.

A investida pareceu mostrar o caminho para os visitantes, que pouco depois balançaram as redes. Aos 11 minutos, Ganso e Pato tabelaram no meio de campo. O camisa 10 colocou o 11 na cara do gol. Ele bateu de primeira, Jimenez espalmou e, no rebote, Michel Bastos empurrou para o gol: 1 a 0 e festa dos comandados de Muricy.

Mesmo em vantagem no placar, o São Paulo não recuava e o jogo continuava aberto. Com muito espaço para contra-atacar, os visitantes dificultavam a vida do Huachipato, que sentiu o gol. Kardec e Pato pressionavam a saída de bola dos donos da casa. Pressionados, os chilenos abusavam dos lançamentos longos para o ataque.

E quando o time são-paulino era superior, os anfitriões empataram aos 20 minutos. Arrué levantou a bola na área e Espinoza ajeitou de cabeça para o meio. Vilches apareceu sozinho e tocou no canto esquerdo de Rogério, que nada pôde fazer para evitar o tento rival: 1 a 1. A torcida rival ainda comemorava a reação dos anfitriões, quando o Maestro demonstrou toda a sua genialidade.

Aos 22, Pato abriu a bola para Kardec, na ponta direita. O atacante dominou e cruzou para Ganso. Da entrada da área, o camisa 10 bateu de primeira, de chapa, e mandou no canto de Jimenez. Golaço, que mostrou todo o potencial do armador são-paulino.

Daí em diante, apesar da tranquilidade no marcador, o panorama da partida mudou para os brasileiros. Pato, aos 33 minutos, sentiu dores na coxa e foi substituído por Osvaldo. Três minutos depois, a arbitragem expulsou o meio-campista Denilson, que recebeu dois cartões amarelos. Assim, fragilizado, o São Paulo tratou de impedir a pressão do Huachipato e tratou de apostar nos contra-ataques até o intervalo.

Na segunda etapa, como reflexo dos ingredientes da primeira, o Tricolor se fechou na defesa e apostou nos contragolpes para surpreender. Empurrado pelos torcedores e com mais homens em campo, os chilenos ficaram a maior parte do tempo rondando a grande área e buscando a finalização.

De novo, o M1TO foi muito bem nas intervenções e praticou defesas difíceis para segurar o placar. O travessão também salvou a equipe brasileira, que se aplicou até o apito final para garantir a classificação para as quartas de final. Na última tentativa de neutralizar ainda mais o adversário, Muricy promoveu a entrada de Lucão e deu mais força ao sistema defensivo, que se desdobrou para conter as investidas chilenas.

Já nos instantes finais, o Huachipato empatou com Sagal, aos 42, mas o jovem Boschilia apareceu para decretar a merecida vitória são-paulina. Em contra-ataque, Michel Bastos lançou Boschilia. Ele dominou, fintou Muñoz, e bateu no canto direito de Jimenez. A bola ainda tocou na trave antes de entrar: 3 a 2 e muita festa dos jogadores tricolores! Classificação merecida!


Melhores Momentos:



Esse artigo foi escrito por Xandão

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