28 de março de 2014

Chega ao fim de forma melancólica a era Juvenal Juvêncio


Chegou ao fim a era Juvenal Juvêncio no São Paulo. A vexatória eliminação do Paulistão para o modesto Penapolense, na última quarta-feira, acabou com a chance do último título da gestão do presidente. Após oito anos, o dirigente se despede tendo desperdiçado a chance de se perpetuar como o maior da história do clube. Muito pelo que aconteceu, ou deixou de acontecer em seu terceiro mandato, até então inédito.

Em 2011, já como tricampeão brasileiro, Juvenal abriu o discurso da reeleição, permitida apenas por mudança estatutária, garantindo que o Morumbi estaria na Copa do Mundo de 2014. Entraria para a história. Mas fracassou, e viu logo o rival Corinthians ganhar um estádio. Pior: boicotado pela oposição, o presidente sai sem conseguir sequer aprovar o projeto de reforma para modernização do estádio.


É também durante seu terceiro mandato que Juvenal deu o passo que, tanto para oposicionistas quanto para alguns de seus pares, o fez perder a mão no comando. Foi quando delegou a Adalberto Baptista plenos poderes no futebol. 

O ex-diretor de futebol foi responsável pela reformulação no CT da Barra Funda, que culminou na saída de profissionais vitoriosos no clube como o fisioterapeuta Luiz Rosan e o fisiologista Turíbio Leite de Barros. 

Até hoje, há quem lamente a herança negativa deixada por ele no CT. Rogério Ceni,  desafeto de Adalberto, e o técnico Muricy Ramalho estão entre eles. Depois do dirigente, Barra Funda e Morumbi nunca falaram a mesma língua, mesmo depois da chegada do gerente Gustavo de Oliveira.

Por outro lado, Juvenal teve vitórias importantes no mesmo período. A derrota na Copa o impulsionou a liderar o movimento que derrubou Ricardo Teixeira da presidência da CBF.  Reformados, os CTs da Barra Funda e de Cotia vão hospedar as seleções dos Estados Unidos e da Colômbia, respectivamente, na Copa do Mundo. 

Por essas e outras, Juvenal se considera o presidente mais vitorioso da história do São Paulo. No próximo dia 15 ou 16, ele vai passar o bastão. Carlos  Miguel Aidar ou Kalil Rocha Abdalla assumirá. Depois, Juvenal já disse que vai se afastar do clube. Terá tempo para refletir sobre o que deixou para o que virou sua maior paixão.

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