25 de junho de 2012

Brasileirão pode ser última 'tacada' da carreira de Rogério Ceni

Contrato do goleiro se encerra em dezembro. Se o São Paulo não conseguir vaga na Libertadores, vínculo pode nem ser renovado

O primeiro semestre do São Paulo se transformou em um grande pesadelo. Apesar da ampla reformulação feita no elenco, com a chegada de oito reforços e a saída de dez jogadores, o resultado dentro de campo esteve longe do esperado. No Campeonato Paulista, o algoz foi o Santos de Neymar na semifinal. 

Na Copa do Brasil, na mesma fase, quem acabou com o sonho foi o Coritiba. Para 99% do elenco, o Campeonato Brasileiro e a Copa Sul-Americana valem "apenas" a oportunidade de salvar 2012 e buscar um título que a equipe não conquista desde 2008, quando levantou seu sexto título brasileiro. 

Para o goleiro e capitão Rogério Ceni, porém, vale muito mais - significa a possibilidade de buscar uma motivação para continuar jogando ou encerrar uma carreira de 21 anos, repleta de títulos. 

O contrato de Ceni termina em 31 de dezembro, e o goleiro de 39 anos já falou diversas vezes sobre seu sonho de ganhar mais uma Libertadores. 

Se o Tricolor não obtiver a classificação para o torneio de 2013, o goleiro pode optar pela aposentadoria. A diretoria já sinalizou que a decisão será exclusivamente de Ceni. Se ele quiser continuar, o vínculo será renovado por seis meses ou um ano. 

E, para estar na Libertadores de 2013, o Tricolor tem duas possibilidades: ficar entre os quatro melhores do Brasileirão ou conquistar o título da Copa Sul-Americana. Ceni está em fase final de recuperação de uma delicada contusão. Ele sofreu uma lesão no ombro direito durante a pré-temporada realizada no CT de Cotia. Operado no fim de janeiro, tem previsão de retorno aos gramados no final de julho. 

Ele já iniciou os trabalhos com bola e, a amigos, dizia ter a esperança de disputar a segunda final da Copa do Brasil, contra o Palmeiras, no dia 11 de julho. Mas, como o São Paulo foi eliminado, a ordem é seguir a recuperação e não apressar nada. Ceni assistiu de casa ao jogo contra o Coritiba e ficou revoltado não só o resultado, mas com a postura mostrada pela equipe, que não soube valorizar a vantagem que construiu no primeiro jogo, no Morumbi. 

Nas últimas duas semanas, o camisa 1 intensificou os trabalhos de fortalecimento no Reffis. Para pensar em voltar, é preciso realizar o trabalho habitual de um goleiro, ou seja, cair no chão, saltar, etc.. 

Isso ele ainda não fez e, em sua última entrevista, dada antes da partida de ida contra o Coritiba, há duas semanas, reconheceu que ainda tinha dificuldades para realizar alguns movimentos. Rixa com Leão? Mantida a previsão de seis meses, seria possível pensar no retorno de Rogério Ceni no dia 6 de agosto, contra o Sport, no estádio do Morumbi. 

O maior empecilho para a volta do camisa 1 chama-se Emerson Leão, que, em diversas coletivas, não mostra a menor pressa para que isso aconteça. Nenhuma das partes admite oficialmente, mas a relação entre goleiro e treinador nunca foi boa. 

– Não adianta querer iludir torcedor porque o Rogério não está voltando. Ele precisará provar que está recuperado. Além do mais, é preciso entender que existe um goleiro que vem atuando desde o início e que merece ser respeitado – afirmou o treinador, na última vez em que foi questionado sobre o assunto.

1 comentários:

  • Roberta Oliveira says:
    25 de junho de 2012 às 17:41

    Quem dera ter 22 Cenis no São Paulo