4 de maio de 2012

Sem Paulo Miranda, diretor invade treino para admitir exagero a Leão


Retirado da concentração para o jogo de quarta-feira, contra a Ponte Preta, por imposição da diretoria, Paulo Miranda chegou a treinar isolado nesta sexta-feira no CT da Barra Funda.

Mas a atividade comandada por Emerson Leão teve em seu intervalo a aparição do diretor de futebol Adalberto Baptista, que, segundo o técnico, se surpreendeu com a repercussão do caso. 

Hoje (sexta-feira) o assunto foi Paulo Miranda. Ele disse que realmente foi um caso maior do que se pensava", contou Leão, até sorrindo ao citar uma solução para o problema. "Só tem um jeito de diminuir essa situação: falar menos. Só que hoje é sexta-feira, e é rotina eu estar aqui (dando entrevistas)." 

Entretanto, apesar da explicação do técnico, a conversa não pareceu tão amistosa. No intervalo do coletivo, Leão estava no círculo central de um dos campos ao lado de seu sobrinho e auxiliar, Fernando, quando Adalberto Baptista apareceu caminhando apressadamente, acompanhado pelo coordenador técnico Milton Cruz. 

À distância, sem a possibilidade de ser ouvido ou mesmo ter o áudio captado por câmeras, o diretor de futebol gesticulava muito, aparentemente com tom de voz exaltado. Com as mãos para trás, o treinador ouvia e acatava, enquanto seu sobrinho e Milton Cruz apenas observavam o dirigente. 

Após cerca de cinco minutos como ouvinte, Leão soltou suas mãos e falou, de forma mais comedida. Na sequência, Milton Cruz interveio com poucas palavras, bateu a mão no ombro do ex-goleiro e deixou a conversa acompanhado por Adalberto Baptista. 

Antes de reiniciar o treino, o técnico passou um tempo sentado, sozinho em um dos bancos de reservas. Após o segundo tempo da atividade, o técnico partiu rapidamente para a entrevista, quando até interrompeu perguntas para corrigir qualquer palavra que desse a entender qualquer concordância com a decisão que a própria diretoria, agora admite ser exagerada. 

E até apoiaria caso o elenco se voltasse contra ele se o afastamento de um titular no dia do jogo tivesse sua conivência. "Neste caso, deveriam ficar contra o treinador", resumiu. 

Enquanto isso, Paulo Miranda iniciou a manhã treinando entre cones ao lado de Rodrigo Caio, Danilo, Rafinha e Dener enquanto o coletivo ocorria com Denis; Piris, Rhodolfo, Edson Silva e Cortez; Denilson, Casemiro e Cícero; Lucas, Fernandinho e Luís Fabiano entre os titulares. Os reservas contavam com Léo; Lucas Farias, João Filipe, Luiz Eduardo e Henrique Miranda; João Felipe, Maicon e Jadson; Osvaldo, Ademilson e Willian José. 

Após o intervalo, Leão trocou Piris, Denilson, Casemiro e Luís Fabiano por Danilo, Rodrigo Caio, Maicon e Ademilson, com Dener e Rafinha como novidades na equipe reserva. Danilo terminou a atividade separado e Paulo Miranda ficou isolado, sozinho, em outro campo até o encerramento do coletivo, fazendo exercícios físicos. 

Juvenal Juvêncio afirmou que o zagueiro também não poderá ser relacionado na partida de volta contra a Ponte Preta, na quinta-feira, mas estará à disposição para a estreia no Brasileiro, em 20 de maio, contra o Botafogo, no Rio de Janeiro. 

Leão, contudo, deu a entender que só soube disso por meio de entrevistas do presidente. De qualquer forma, não há definição concreta de até quando Paulo Miranda ficará isolado, independentemente de o exagero ser admitido por Adalberto Baptista. "Não temos tempo. Hoje sei que ele não pode ser escalado, e vi que no dia 10 ele também não pode. Agora não sei se ele poderá jogar no dia 20 ou 50, mas o dia a dia passa e se mostra uma face diferente. 

É legal quando a pessoa reconhece que foi um pouco mais forte e volta atrás", apontou Leão.

1 comentários:

  • Paco says:
    5 de maio de 2012 às 03:36

    Confio no Leão, acho que devemos mante-lo até o fim do ano.