22 de março de 2012

Andrés Sanches pode ser trocado por Raí na CBF

Charge: Guedex


Encostado por Marin na CBF, Andres Sanchez tenta sobreviver. Por telefone, Teixeira pede para não desistir. E o paulista vai perdendo seu tempo no Rio de Janeiro…

Ele só agradece aos céus uma coisa.

Não ter comprado um apartamento no Rio.

Sua permanência tende a ser muito mais curta que imaginava.

O sonho de suceder o irmão de fé, Ricardo Teixeira, acabou.

Sabe muito bem das conversas entre Marin e Juvenal.

O novo presidente da CBF quer substituí-lo por Raí.

Mas ainda está cedo para Marin agir.

Um homem a um mês de completar 80 anos sabe esperar.

Tem de cumprir a palavra empenhada a Teixeira de tentar manter Andres.

O mantem mas não o atende por telefone.

Muito menos a sua porta está aberta para ele.

Se quiser gastar o muito tempo disponível que tem, pode passar esperando.

Está longe de ser prioridade.

Quanto mais um amigo.

É um favor a Teixeira.

Nada além disso.

Quase um encosto.

O paulista caiu de gaiato na Cinelândia.

E tenta se segurar.

Até porque não tem para onde ir.

Não pode assumir que manda mais no Corinthians que o pupilo que colocou no seu lugar.

Deixa o delegado Mario 'futebol é business' Gobbi se acertar com André Negão.

Estarrecido, sentiu como o poder é tentador.

A ponto de o seu protegido Ronaldo querer o lugar que sonhava ser seu em 2015.

Sentiu ser atropelado na avenida Brasil pela ganância do Fenômeno.

Diante da crueldade da vida talvez até decida falar o que realmente aconteceu em Presidente Prudente.

O verdadeiro escândalo que fez questão de sepultar no Pops Drinks...

Mais tarde, quem sabe...

A situação foi muito vexatória...

Por enquanto vale ironizar.

Mandar Ronaldo tentar criar um sindicato de jogadores de verdade.

Antes, lógico, de querer virar presidente da CBF, com o apoio de Blatter e Dilma.

Mas isso vem depois.

Andres quer,agora, tratar de se salvar.

E para isso precisa todos os truques que aprendeu na feira livre.

O primeiro é fazer Mano Menezes voltar à realidade.

Mesmo com tudo desmoronando, ele sonha em ser Guardiola.

Burocrata, passa dias, meses, na sede da CBF.

Perde tempo.

Seu sonho talvez seja bater o recorde de convocações sem formar um time.

Já foram mais de 80 jogadores diferentes para não ter nem uma base.

Mano sabe que está sucumbindo à inexperiência.

Ao currículo pobre de uma Copa do Brasil, dois estaduais e dois títulos da Segunda Divisão.

Jornalistas estrangeiros não acreditam que ele comande a Seleção do Brasil.

Nem ele mesmo.

Por isso criou um personagem.

O inacessível.

Esteve no Morumbi, no domingo, para acompanhar São Paulo e Santos.

E fortalecer a sua relação com o clube de Marin, novo presidente da CBF.

Dois repórteres abriram mão do jogo e ficaram à sua espera.

Mano saiu antes do jogo acabar.

Quando viu os repórteres da Jovem Pan e da ESPN se transformou.

Passou a agir como uma Marilyn Monroe de Passo do Sobrado.

Cercado de seguranças, fingiu não ver ou ouvir os jornalistas.

Andres sabe que Mano perdeu o rumo.

Foi uma aposta errada.

Mas precisa dele para também se salvar.

E tenta trazer o treinador à realidade.

Mostrar o quanto é preciso ganhar a Olimpíada para os dois continuarem.

Só que a relação está desgastada.

Andres havia prometido a Mano que Ricardo Teixeira não sairia da CBF.

O técnico se sente mais do que traído, desprotegido.

Sabe que seu péssimo trabalho é questionado de Norte a Sul.

A ponto de sua patrocinadora Kaiser cancelar eventos com ele.

Seria pior para a marca.

Mano tomou a Seleção Olímpica de Ney Franco e se arrepende.

Andres já havia avisado que não daria certo.

Mas ele quis os holofotes.

Ney ganhou o Pré-Olímpico e o título Mundial sub-20.

Virou sombra forte demais.

Mano não queria ficar para trás, esquecido.

E colocou a corda no pescoço.

No dele e no de Andres.

Percebendo que o laço está apertando, o ex-feirante se vira.

Dependendo para quem fala, dá uma declaração.

Ele que já jurou que jogadores mais velhos estavam fora, lembra de Lúcio, Kaká.

Sobre Ronaldinho Gaúcho muda de cinco em cinco minutos.

Sem rumo, diz que Mano Menezes continua depois da Olimpíada.

Mas depois se lembra de Marin.

E da pressão que Marco Polo del Nero faz pela volta de Felipão.

Andres não garante Mano dizendo que o regime é 'presidencialista'.

Marin pode fazer o que quiser e na hora que desejar.

Principalmente com ele.

Mas, socialista, Andres está disposto a distribuir a culpa.

Entrega uma devida parte a Neymar.

Diz a O Globo que ele ganha "R$ 3 milhões" e tem de justificar.

Ele, Lucas, Ganso...

Pronto, repassou parte dos problemas dele e de Mano.

Pelo menos até a próxima entrevista.

O próximo encontro com torcedores.

De resolver ir para um sambinha na segunda-feira.

Por telefone, Teixeira o manda resistir.

Não ir embora.

Se segurar no cargo.

Fingir de morto.

É é o que Andres Sanchez está fazendo.

Sabe que não tem poder algum.

Está de favor na CBF.

Até Marin se cansar.

A Olimpíada é um ótimo parâmetro.

De boa medida.

O previsível fracasso do Brasil pode ser a melhor saída a todos.

O reinício de um trabalho decente.

Mas até lá há chão...

Tempo a ser perdido, desperdiçado.

Situação que só combina com um futebol sem rumo.

Andres não terá de mudar de País se o Brasil perder a Copa de 2014.

Nem mesmo ouvir muito mais tempo que a Seleção está uma 'merda', como define.

Seu tempo está acabando.

E ele sabe disso.

Por isso agradece todos os dias não ter comprado um apartamento no Rio...

1 comentários:

  • Anônimo says:
    14 de agosto de 2012 às 20:47

    Alguém sabe me dizer, porque estes caras não são investigados pelo Ministério Público? Tem um monte deles envolvido, inclusive com a retirada do Morumbi da Copa do Mundo. Mas, tenho certeza, que tudo virá à tona. Ridículo, ex-jogador, ex-presidente, terrível para o nosso país.