O ex-jogador de futebol Raí foi homenageado em Londres nesta segunda-feira, durante a cerimônia do Laureus, maior premiação do esporte. O ídolo são-paulino recebeu a estatueta por sua atuação com o projeto social Fundação Gol de Letra. A ONG, fundada em 1998 ao lado do também ex-jogador Leonardo, atende a cerca de 1.300 crianças carentes em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Pelo projeto, Raí recebeu o Laureus "Esporte para o Bem". O atleta foi considerado pela entidade como "uma fonte de inspiração e representante dos atletas brasileiros que apostam no esporte como instrumento de mudança social. Uma referência."
Raí comemorou a premiação e disse estar ainda mais motivado para seguir com seu projeto social. "Espero que a Copa do Mundo e a Olimpíada sirvam para o Brasil promover uma verdadeira transformação social por meio do esporte", disse.
Segundo o ex-meia da Seleção Brasileira, o legado esportivo desses eventos ainda não é um assunto corrente no País. "A sociedade também precisa se mobilizar para que essa mentalidade mude o mais rápido possível e para que a gente possa aproveitar melhor os eventos. Muita gente fala, mas na prática ainda temos pouca coisa acontecendo".
Os atletas paraolímpicos brasileiros Daniel Dias e Terezinha Guilhermina também participaram da cerimônia realizada na capital britânica. Os dois concorreram ao prêmio de atleta com deficiência, que acabou nas mãos do velocista sul-africano Oscar Pistorius.
Antes da premiação, Terezinha foi recebida pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron. A velocista fez parte do grupo de atletas que visitou a residência oficial do premiê.
"Meu maior sonho era ser indicada para o Laureus. Por isso, já me sinto realizada. Agora, espero me sagrar a mulher mais rápida do mundo aqui em Londres. E, quem sabe, não serei indicada de novo ao Laureus no ano que vem", vislumbrou a atleta.
O nadador Daniel Dias, que conquistou onze medalhas de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara, comemorou o fato de ter recebido mais uma indicação ao Laureus. Dias recebeu a premiação em 2009. "O ano de 2011 foi fantástico para mim. Por isso, a indicação me dá uma sensação de dever cumprido", disse.
Dias reconhece que será difícil repetir em Londres o desempenho impressionante do Pan. Nem por isso, tem expectativas menos ambiciosas. "Acho que posso voltar dos Jogos com seis medalhas", completou.
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