O São Paulo foi o time mais ofensivo, mas o Flamengo teve as melhores oportunidades e mereceu a vitória.
O time de Adilson continua dando muito espaço pelos lados do campo.
O Rubro-Negro que se defendeu bem, soube explorar o conhecido defeito são-paulino e só não ganhou por diferença maior de gols graças à excelente atuação de Rogério Ceni.
A arbitragem foi ruim. Sem critérios e cheia de medo por parte do soprador.
Escalações
Rogério Ceni; Wellington, João Filipe, Rhodolfo e Juan; Denilson, Casemiro, Cícero e Lucas; Dagoberto e Luís Fabiano
Felipe: Galhardo, Alex Silva, Wellinton e Junior Cesar; Willians, Airton, Renato Abreu, Thiago Neves; Ronaldinho Gaúcho e Deivid.
Movimentação
Adilson escalou o 4-4-2 com bastante qualidade individual do meio para frente e soltou os laterais Wellington e Juan.
Denilson foi o principal responsável pelos desarmes na região central do campo.
Casemiro, na direita, e Cícero, na esquerda, completaram o trio de volantes. Os dois podiam avançar e ajudar Lucas, o meia, na criação.
Dagoberto teve bastante liberdade para usar os lados do campo.
Luís Fabiano obviamente atuou no comando do ataque.
Luxa não mudou as funções dos seus comandados.
Willians e Airton protegeram a zaga. Por isso Galhardo e Junior César apoiaram.
Renato Abreu cooperou os volantes, além de aparecer na meia quando o Rubro-Negro teve a posse de bola.
Thiago Nerves e Ronaldinho foram os principais responsáveis pela articulação dos lances de gols.
Deivid, o centroavante, ficou isolado.
Diferenças e equilíbrio
As propostas dos times foram diferentes.
O São Paulo teve a iniciativa de atacar. A equipe de Adilson, com a redonda, atuou em direção ao gol.
Não se preocupou em ficar com a dita cuja até aparecer algum erro do rival. Foi agressiva.
O Rubro-Negro, ao contrário, trocou passes de lado, sem pressa, até aparecer a lacuna no sistema defensivo do rival.
Apesar da proposta são-paulina mais ofensiva, a etapa inicial acabou sendo equilibrada.
Aos 25, Wellington, em lance individual, deixou Luís Fabiano, na área, em boas condições de arrematar. Alex Silva evitou o gol.
Aos 30, Ronaldinho deixou Deivid em ótima condição de superar Rogério Ceni. O atacante desviou a bola e ela passou perto da trave.
Aos 36, o goleiro artilheiro, após cobrança de falta, obrigou Felipe a fazer difícil defesa.
Rogério Ceni salva o São Paulo
A melhor chance do primeiro tempo foi flamenguista. Depois de passe preciso de Ronaldinho, Thiago Neves cabeceou e Rogério Ceni fez uma defesa sensacional.
Aos 6 minutos do segundo tempo, Junior César cruzou e de novo o goleiro fez um pequeno milagre quando Deivid cabeceou.
O São Paulo quase balançou a rede na jogada seguinte.
Expulsão de Lucas e arbitragem fraca
Aos 9, Fabrício Neves Correia deu o segundo cartão amarelo ao Lucas.
O jovem facilitou, fez falta tola e acabou sendo punido.
O árbitro foi rigoroso, mas não dá para dizer que errou.
O problema do apitador foi a má qualidade do trabalho.
Parecia com medo (explico ao longo do post).
Gol óbvio
Com um jogador a mais, Luxa mudou o Fla. Tirou Airton e colocou Diego Maurício.
Abriu mão do volante e ganhou o terceiro atacante.
Aos 14, Adilson substituiu Luís Fabiano por Carlinhos no intuito de recompor o meio.
Não adiantou. A marcação dos lados continuou ruim demais e o Fla aproveitou.
Aos 15, Rogério Ceni tirou outro coelho da cartola na defesa do chute de Thiago Neves após Diego Maurício ajeitar de cabeça.
Aos 18, o goleiro fez mais um milagre no cabeceio de Deivid.
Aos 19, após outro cruzamento com liberdade e cabeceio flamenguista, Thiago Neves finalmente deixou os visitantes em vantagem no placar.
Expulsão de Willians na fraca arbitragem
Lucas não merecia o primeiro cartão. Ou Renato tinha que levar um antes, quando cometeu falta igual em Casemiro.
Ou Wellinton (do Fla), que já tinha amarelo, quando fez a falta por trás em Lucas (no lance da falta cobrada por Rogério Ceni (na etapa inicial), deveria ter sido expulso se o apitador usasse o mesmo critério durante todo o jogo.
Discordo da expulsão de Willians, aos 25. Se cometeu a falta em Carlinhos, não era para amarelo.
Só que o soprador estava perdido, apitando com medo, pressionado e cometeu a injustiça.
Dagoberto marca golaço e árbitro erra ao não expulsá-lo
Logo depois da expulsão, Adilson trocou Casemiro por Henrique. Luxa não tinha volantes naquele momento. Certamente sobraria espaço na entrada da área rubro-negra.
O treinador visitante tentou resolver colocando Maldonado na vaga de Junior César.
Adilson mudou o São Paulo de novo. Rivaldo substituiu Cícero.
Por causa da marcação ruim no meio, Luxa tirou Thiago Neves, machucado, e Fierro entrou.
Aos 33, da entrada da área, Dagoberto acertou um chute sensacional e empatou o clássico.
Tirou a camisa na comemoração, levou o amarelo, e assim que a bola voltou a rolar fez falta passível de punição com outro cartão.
Não há o que discutir. Lance claríssimo para amarelo.
O apitador perdido, com medo, não puniu o são-paulino.
Teria a única expulsão em que o atleta realmente mereceu ambos os cartões.
Vitória do Flamengo
O São Paulo foi para cima. O Fla tinha muito espaço para contragolpear.
Aos 39, de fora da área, Renato Abreu chutou, a bola desviou em Carlinhos, e devolveu a vantagem aos visitantes.
Depois, a boa marcação flamenguista impediu que o rival pressionasse.
Rivaldo entrou muito mal. Dagoberto foi bem apenas no lance do gol.
Eles tinham que criar, pois Casemiro, Cícero e Lucas não estavam mais em campo.
O Fla, dono das melhores oportunidades de gol, fez jus aos 3 pontos.
Ótimo público
Mais de 63 mil compareceram ao Morumbi.
Fonte: Blog do Birner
O jogo:
Fonte Vídeo: UOL Esportes
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