13 de outubro de 2015

Aidar oficializa renúncia e não é mais presidente do São Paulo


Dezoito meses depois da eleição para suceder Juvenal Juvêncio, chegou ao final a gestão Carlos Miguel Aidar na presidência do São Paulo. Nesta terça-feira (13), o dirigente entregou a carta de renúncia a Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do conselho deliberativo, e oficializou a saída. O encontro para a oficialização da renúncia aconteceu em escritório na Av. Paulista, no centro de São Paulo, do conselheiro Antônio Claudio Mariz, amigo de Aidar e braço-direito nos últimos dias do agora ex-presidente.

Leco confirmou ter recebido a carta de renúncia de Aidar, mas disse que por enquanto prefere não dar entrevistas. A partir de agora ele é o presidente do São Paulo e tem até 30 dias para convocar nova eleição. Leco será candidato e é o favorito para governar até abril de 2017, quando se encerraria o atual mandato. O São Paulo informou que Leco concederá entrevista coletiva na quinta-feira, no Morumbi. 

Mais cedo, Aidar enviou e-mail a todos os funcionários do clube confirmando a renúncia. Ele também cancelou reunião que teria com membros da antiga diretoria, em que daria sua versão sobre os fatos relatados pelo ex-vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro, que enviou um e-mail ao então presidente no qual indica que houve desvio de dinheiro do clube e afirma ter gravado Aidar descrevendo como desviaria comissão da contratação de um jogador da Portuguesa. Aidar ainda teria relatado a tentativa de comissionar a empresa da namorada, Cinira Maturana da Silva, no contrato com a Under Armour. 

Aidar informou no último domingo que renunciaria nesta terça-feira à presidência do São Paulo. Ele foi pressionado pela ameaça de impeachment e também pela perda de sua base aliada após os escândalos, e ouviu pedido da família e dos sócios de seu escritório de advocacia para que renunciasse.

Leco já tem apoio do grupo Legião, de Ataíde Gil Guerreiro, do Clube da Fé, do ex-superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha, dos aliados do ex-presidente Juvenal Juvêncio, de conselheiros que romperam com o Movimento São Paulo e de membros do Vanguarda. 


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