Texto: Marcello Lima - Reporter
Não sei porque mas não me surpreendi com o noticiário do São Paulo nos últimos dias, principalmente as notas sobre o relacionamento entre o treinador e o elenco que aos poucos vão se tornando públicas.
Quem acompanha o blog, sabe que venho falando faz tempo sobre o ambiente nada amigável que paira neste momento no São Paulo.
A diretoria tenta passar aos torcedores que tudo esta tranqüilo e andando bem, a relação entre treinador e seu auxiliar é ótima com elenco e tudo será acertado para o segundo semestre.
Venho ouvindo este discurso desde o começo do ano.
A verdade não é bem essa.
Como já escrevi aqui e repito, respeito quem goste do trabalho de Ney Franco.
Eu o acompanhei de perto no dia a dia.
Não é um péssimo treinador mas esta longe de figurar na lista dos melhores e vem fazendo um trabalho mediano para ruim no clube, principalmente neste ano.
Desde o primeiro treino de 2013 em Cotia, já mexeu e remexeu inúmeras vezes na escalação e no esquema tático e até agora (estamos em JUNHO!) não conseguiu fazer o time jogar um futebol descente, salvo uma ou duas partidas na temporada, muito pouco.
Sua metodologia não agrada e não agradou, pois deixa 90% dos trabalhos diários a cargo de Eder Bastos, seu auxiliar, que não conta com a simpatia dos jogadores, muito pelo contrario.
Ney também vem batendo de frente com os lideres da equipe e o afastamento de Fabrício após a eliminação da Libertadores ilustra bem esta situação.
O volante (que teria lugar no time em minha opinião) foi preterido pelo treinador porque ousou questiona-lo sobre uma substituição.
Não por acaso, Fabrício é hoje um dos atletas que melhor se dá com Rogério Ceni, outro que não tem suas sugestões ouvidas pelo treinador.
Por esta breve explanação o amigo leitor pode ter uma idéia do maravilhoso clima no São Paulo.
Também já disse aqui que a diretoria errou mais uma vez na montagem do elenco que é bem mais fraco do que pensam os cartolas tricolores, mas como dizemos no jargão futebolístico, o técnico tem que fazer uma omelete sem ovos quando a coisa não vai bem.
E isso definitivamente não acontece hoje.
Acho sim que o ideal é uma equipe manter um trabalho em longo prazo com um treinador, desde que se veja uma boa perspectiva futura, que se enxergue possibilidade de progresso.
Foi assim com Tite no Corinthians antes que venham usa-lo como exemplo.
Alias, infelizmente, o caso de Tite foi exceção.
Adalberto Batista pode gostar mais de automobilismo do que de futebol, mas não é bobo e obviamente sabe que o barco esta a deriva, que o descontentamento dos jogadores com o treinador e seu auxiliar é forte.
O problema é que não quer dar o braço a torcer já que foi ele (e João Paulo Jesus Lopes) que fez enorme força para tirar Ney Franco da seleção sub20 para treinar o São Paulo.
Na verdade foi a sétima aposta desta diretoria desde a saída de Muricy Ramalho e sem acertar a mão! Talvez um recorde no futebol Brasileiro!
Pelo teor deste texto o amigo já percebeu que o momento do São Paulo caminha para uma historia muito conhecida no futebol, o elenco descontente que mais cedo ou mais tarde derruba o treinador.
Sinceramente, por tudo que tenho ouvido de pessoas que lá trabalham (que me ligam inclusive!) será uma grande surpresa se o São Paulo conseguir uma boa classificação no Brasileiro ou ainda tiver uma grande performance no segundo semestre nas competições que disputar.
Ai você me pergunta (como diria Marcelo Rezende): quem contratar?
Sempre disse aqui que gostaria de ver Cuca ou Felipão no comando técnico do São Paulo.
O primeiro, poderia estar no clube, já que antes de ir para o Atlético estava no mercado mas os dirigentes São Paulinos preferiram Adilson Batista! (Inclusive Adalberto Batista e João Paulo Jesus!!) e o segundo esta na seleção e quando teve a oportunidade de vir para o clube, foi preterido pelos dirigentes que preferiram contratar Ney Franco (inclusive Adalberto Batista e João Paulo Jesus!!).
Não tenho nenhuma informação a respeito mas acredito que pelo andar da carruagem, Muricy Ramalho não tardará a voltar ao São Paulo.
Principalmente pelo fato do ano que vem ser eleitoral no clube e o treinador ter o apoio da principal organizada e de boa parte dos torcedores “comuns”.
E claro, ao contrario de Ney Franco, Muricy se dá bem com medalhões e tem dialogo com eles.
Se vai se concretizar ou não só o tempo, JJ e seus pares dirão!
Por Marcello Lima
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