11 de dezembro de 2012

Perto do adeus, Lucas se declara: 'O São Paulo vou levar no meu coração'


Em sua última coletiva como jogador do São Paulo, camisa 7 agradeceu a todos que o ajudaram no clube, desde as categorias de base até o grupo do futebol profissional

Que Lucas ama o São Paulo, todo mundo sabe. O meia-atacante já declarou, inclusive, que quebraria as duas pernas para sair com o título da Copa Sul-Americana, contra o Tigre (ARG), nesta quarta-feira, no Morumbi.
Em sua última coletiva pelo clube, o camisa 7 mostrou toda a sua gratidão pelos anos em que vestiu a camisa do Tricolor, desde as ctaegorias de base, em Cotia, até o grupo profissional e a diretoria são-paulina.
- Nesse momento, passa exatamente tudo na minha cabeça, desde quando saí de casa para dar o primeiro chute até o meu último jogo. Lembro de cada detalhe, cada treino, cada jogo. É um filme que passa na cabeça. Só tenho a agradecer todo mundo que passou pela minha vida e me ajudou a conquistar tudo que conquistei e o que venho conquistando. O São Paulo vou levar sempre no meu coração - disse o camisa 7.

Confira parte da última coletiva de Lucas pelo São Paulo:

Você chegou como Marcelinho e hoje sai como Lucas, consagrado. Qual é a dimensão dessa mudança e em que momento ela se deu?

Olha, cada dia e cada etapa da minha vida foi importante para esse momento. Aconteceu tudo muito rápido. Lutei bastante para chegar aqui, para alcançar o que estou alcançando. Se não fosse minha família, meus amigos, as pessoas que trabalharam comigo, nada disso teria acontecido. Trabalho sempre para alcançar mais.

Nessa trajetória de São Paulo, quando você cresceu como pessoa e como jogador e onde acha que pode chegar?

Como pessoa não mudei absolutamente nada. Sorrindo sempre, tentanto alegrar o ambiente, procurando fazendo novos amigos. Mas como atleta evoluí bastante. Na parte física, parte técnica, cada treinamento aqui foi muito importante. Mas como pessoa, fui o mesmo moleque de sempre.

Com a transferência para o Paris Saint Germain (PSG), acredita que a Europa possa te possibilitar ser o melhor do mundo? Sonha com isso?

Sonho sim, esse é um dos meus maiores sonhos, ser o maior um dia. Sei que falta bastante, mas desde quando comecei sempre sonhei em conquistar esse título individual. Primeiro passo é ir para a Europa, onde estão os melhores jogadores, melhores campeonatos do mundo. Vou evoluir bastante. Estarei mais perto do meu sonho.

Acha que, por não se tratar de um grande centro do futebol europeu, a França possa te afastar da Seleção?
Estar na Seleção vai depender de mim, do meu momento, do meu futebol. Independentemente do país que esteja hoje em dia, o mundo todo está vendo. O Paris está montando uma equipe competitiva, com grandes jogadores. Vai depender do meu momento. Claro que a Liga Espanhola é mais visada que a francesa, mas para mim no momento foi a melhor escolha. A proposta foi a melhor para o São Paulo, ia poder jogar até o fim do ano aqui. Os brasileiros lá vão facilitar minha adaptação também. É um primeiro passo para conquistar meus objetivos lá fora.

Qual é o tamanho da contribuição que o Luis Fabiano te deu no São Paulo, como jogador e como amigo? E o que vai sentir mais falta daqui?

Falar do Luis Fabiano é fácil, concentra comigo todos os jogos. Foram muitas brincadeiras, muitos conselhos. Pessoa muito do bem, sempre me incentivando. Foi muito bacana. O que vou sentir mais falta é do ambiente, dos amigos, das brincadeiras no vestiário, cada concentração que tinha uma história diferente. A gente se torna uma família aqui, pois ficamos longe de tudo, dos parentes. Além de jogar é claro, vestir a camisa do São Paulo. Isso tudo vai ficar para sempre na minha memória.

Seu momento mais difícil foi, provavelmente, com o Leão no início deste ano. Tem alguma mágoa dele ou das críticas que ele fez na época?

Não tenho mágoa de ninguém, minha mãe me ensinou isso. Era mais jovem, foi um aprendizado, O time vivia um momento difícil, não estávamos em um bom momento. Eliminação na Copa do Brasil, no Paulista. E o Leão tem aquele jeito, de dar a última palavra em tudo. Se ele falou, falou para o meu bem. Ninguém gosta de crítica, mas procurei absorver. Foi para o meu bem.
Um vice-campeonato contra o Tigre pode arranhar sua imagem como ídolo do São Paulo? Qual é o maior cuidado que a equipe deve ter na partida desta quarta?

Temos que tomar cuidado, é uma equipe muito alta, forte na bola aérea. Chega junto. Eles também vão entrar para serem campeões, final é jogo decidido em detalhes. Quem errar menos vai ser campeão. Caso não venha o título, vai ser muito triste, vai ser desastroso. Mas penso positivo, que vou ganhar, como sempre falei: quero deixar meu nome marcado na história do São Paulo, deixar meu quadro aqui no CT, voltar um dia e as pessoas lembrarem de mim.

Você diz que a final da Sul-Americana é o jogo do ano para o São Paulo. É também o jogo da sua vida?
É o jogo mais importante para mim. Desde que cheguei no time profissional não tive uma oportunidade de chegar em uma final ainda. Vou dar meu sangue, meu máximo e pode ter certeza que vontade e raça não vai faltar. Se precisar me quebrar todo vou me quebrar, para retribuir todo esse carinho.

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