10 de abril de 2012

Falcão e Toninho Cerezo dão 'aula' para São Paulo vencer Bahia de Feira

Ex-jogadores do São Paulo sabem como vencer o ‘mutante’ Bahia de Feira, mas alertam: Tremendão é ousado e vai para o ataque!
Para descobrir as armas do Bahia de Feira, o LANCENET! foi atrás de dois ex-jogadores do São Paulo e que conhecem muito bem o adversário de amanhã do Tricolor, em Feira de Santana (BA), jogo válido pela segunda fase da Copa do Brasil.

Paulo Roberto Falcão, que passou pelo clube na década de 80, enfrentou e venceu o Tremendão, como é conhecido, no último domingo. E Toninho Cerezo, autor de um dos gols do Mundial de 93, dirigia o Vitória até a semana passada. Ambos foram unânimes em afirmar que o Bahia de Feira não tem medo de atacar, se impõe e é ousado dentro de campo.

No comando do Bahia, Falcão, por questões éticas, evitou falar sobre as variações táticas e optou por não pôr no papel o adversário. Até porque, as duas equipes podem voltar a se encontrar na semifinal do Campeonato Baiano.
– É um time que começou muito bem, depois teve quatro ou cinco derrotas e agora está se reequilibrando. Com certeza vai se classificar para a fase final do estadual – disse Falcão.
Sem vínculo com nenhum clube, Toninho Cerezo fez uma análise maior. Ele enfrentou o Bahia de Feira duas vezes nesta temporada. Perdeu fora e ganhou em casa.

Cerezo alertou para o fato de o Tremendão, às vezes, atuar em um 4-4-2, que se transforma em 3-5-2. E o Tricolor, se quiser vencer por dois gols de diferença para eliminar o jogo da volta, tem uma boa notícia:
– É um time que tem dificuldade quando toma um gol, porque costuma ficar aberto, vai para o mano a mano e deixa espaço. Eles não têm medo de jogar, são ousados.
Campeão estadual em 2011, o Bahia de Feira não foge à regra e tem dificuldades para repetir a escalação. Mas o time também sofre algumas mudanças por opção do técnico, que trocou o goleiro recentemente.

Leão já viu vídeos do Tremendão, mas a “ajuda” de dois craques da história tricolor é bem-vinda, não é?

BATE-BOLA

Falcão, técnico do bahia, em entrevista ao LANCENET!

Como vê o São Paulo hoje?

O time do São Paulo é um timaço. Você faz o esquema que quiser no São Paulo. É um time que certamente vai brigar no Brasileirão, vai estar na ponta da tabela.

Já pensou em como faria para parar esse time do São Paulo?

Eu nem pensei nisso. Me dá umas 24 horas (risos). Mas o São Paulo joga hoje no esquema 4-3-3, e, às vezes, faz o 4-3-2-1 porque tem o Lucas na direita e o Fernandinho na esquerda que fazem o enfrentamento com os laterais. O Luis Fabiano protege bem a bola, vira e dribla bem. Tem o Cícero fazendo o segundo volante. O Fabrício como primeiro, sai ele e entra o Casemiro. O Jadson mais à frente. Tem muitas peças. Então é um 4-3-3, que se transforma em 4-3-2-1 quando está defendendo.

Falcão no São Paulo:

Depois de se consagrar como ídolo do Inter, Rei de Roma e pela Seleção na Copa do Mundo de 1982, encerrou a carreira no Morumbi em 1986. Não foi muito usado pelo técnico Cilinho, que apostava nos jovens conhecidos como Menudos. Fez 15 jogos, um gol e foi campeão paulista.

BATE-BOLA

Toninho Cerezo, demitido do vitória na semana passada, em entrevista ao LANCENET!

Como você avalia o atual time do São Paulo do técnico Leão?

O São Paulo tem esse algo mais. Tem o Lucas pela direita, o Luis Fabiano que faz muitos gols e o Fernandinho pela esquerda. Os três são jogadores que podem decidir a partida em um lance.

Acha possível o São Paulo ser eliminado pelo Bahia de Feira?

O São Paulo tem totais condições de ganhar, mas vai encontrar dificuldades. O Bahia é um time que foi campeão no ano passado e organizado. Vem fazendo um bom trabalho aqui em Feira e vem mantendo a base do título estadual de 2011. Outro problema lá em Feira de Santana é o gramado do estádio, que está muito ruim para se jogar futebol, ainda mais para as equipes mais técnicas como é o caso do São Paulo.

Cerezo no São Paulo:

Chegou aos 37 anos, em 1992, e foi essencial na conquista do Paulistão e do Mundial daquele ano. Em 93, venceu a Copa Libertadores e foi o melhor em campo na final contra o Milan (ITA), no bicampeonato mundial. Na ocasião fez um gol e deu uma assistência.

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